O comentador da SIC Luís Marques Mendes comentou este domingo a situação no Livre com palavras duras para Joacine Katar Moreira, que classificou mesmo como “o pior da semana”. “Eu bem disse na semana passada que esta deputada estava muito deslumbrada com o seu lugar e que tinha divergências com o seu partido. Mais cedo ou mais tarde, isso se vê”, declarou o antigo líder do PSD.

Marques Mendes sublinhou ainda que com a exposição desta divergência “em praça pública” a situação complica-se para a própria deputada e para o Livre: “Está aí na praça pública um sério problema. Para início de mandato, não podia correr pior”, decretou.

Na semana passada, o comentador tinha destacado que o Livre é atualmente “uma incógnita”, apontando para as diferenças de discurso e posicionamento político entre o Livre no Parlamento e o “Livre de Rui Tavares”, fazendo notar o radicalismo no discurso da deputada Joacine Katar Moreira.

“Histeria da extrema-esquerda é a melhor coisa que pode acontecer ao Chega”

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Marques Mendes também recuperou outro tema da semana passada, em que falou da ligação do Movimento Zero ao Chega do André Ventura, ao dedicar uma parte do seu espaço para falar sobre a manifestação dos polícias — que destacou por ter decorrido de forma “tranquila, pacífica, sem violência, sem violação da lei”. Reforçou que “os polícias têm toda a razão” nas suas reivindicações e considerou que o Governo necessita de ceder, até porque este mandato “vai ser mais difícil”. “As corporações estão muito mais exigentes”, resumiu.

Mas Marques Mendes não deixou apenas frases positivas sobre este tema. Criticando “o aproveitamento político da manifestação por parte do Chega e de André Ventura”, líder do Chega, disse também que a situação é “péssima” para os agentes da polícia: “Ficam conotados com uma área política e isso retira-lhes credibilidade e autoridade”, sentenciou.

O antigo líder do PSD aproveitou ainda para falar sobre a corrida à liderança dentro do seu próprio partido, aproveitando para fazer uma previsão: “Cada vez acho mais provável que isto vá conduzir a uma eleição a duas voltas”, diz.

Primeiro, quando há muitos candidatos os votos dividem-se bastante; em segundo lugar, porque Rui Rio poder ter vantagem na primeira volta, mas reduz o seu espaço de manobra e pode ficar em 3.º lugar na distrital de Lisboa, depois de Pinto Luz e Montenegro”, explicou.

Apesar dessa previsão, Marques Mendes não crê que esse seja um mau resultado para Miguel Pinto Luz, porque considera que o candidato está a apostar no futuro: “Seja para um dia ser candidato à Câmara de Lisboa, seja para ter uma posição forte num futuro Governo PSD, seja para eventualmente voltar a ser candidato à liderança”, aposta.