Foram mais de 16 horas entre o início dos trabalhos na sede do partido em Lisboa e o momento em que o comunicado da mesa da Assembleia foi divulgado. Começou às 9h30 de domingo, o comunicado seguiu para as redações já depois da 1h15 do dia dia seguinte, esta segunda-feira. E não há — ainda — conclusões sobre a “relação entre o grupo de contacto (direção) e a deputada do Livre e o seu gabinete”.
Joacine Katar Moreira foi ouvida pelos membros da Assembleia no período da manhã e, ao que o Observador apurou, não regressou aos trabalhos depois da pausa para almoço. Não terá ouvido as explicações dadas pelo o grupo de contacto, nas respostas às questões colocadas pelos membros da Assembleia, ao contrário do que aconteceu durante os esclarecimentos que a deputada prestou.
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Quer a deputada quer o grupo de contacto foram ouvidos depois de a Assembleia ter recebido o parecer da comissão de ética e arbitragem do Conselho de Jurisdição do partido — que será tornado público no final da Assembleia —, para prestar esclarecimentos sobre o parecer.
Depois do tempo reservado para ouvir o grupo de contacto e a deputada, que não têm assento na Assembleia, a reunião passou a realizar-se apenas na presença dos membros eleitos para a Assembleia. O grupo de contacto ficou cerca de 6 horas, num restaurante próximo da sede do partido, a aguardar indicações da Assembleia para regressar e ouvir a decisão do órgão mais importante entre Congressos, mas terá de aguardar mais umas horas.
Por decisão da Assembleia, depois de um “debate muito produtivo” a mesa foi mandatada para redigir “uma resolução do encontro de posições comuns” que será votado na noite desta segunda-feira, numa reunião de continuidade.