A rinoceronte negra mais velha do mundo morreu na sexta-feira, aos 57 anos, em cativeiro, anunciaram este domingo as autoridades da reserva natural de Ngorongoro, na Tanzânia.
“Os registos mostram que Fausta viveu [mais tempo] que qualquer outro rinoceronte e fê-lo em Ngorongoro, em liberdade, antes de ser levada para um santuário em 2016, onde permaneceu nos últimos três anos de vida”, é referido num comunicado da reserva natural.
A morte deverá ter sido provocada por causas naturais, mas um grupo de cientistas e veterinários vai investigar o caso.
Fausta foi vista pela primeira vez na cratera de Ngorongoro, em 1965, por um cientista da Universidade de Dar es Salam, teria entre três e quatro anos”, lê-se na nota da reserva natural, em que é explicado que a rinoceronte foi colocada em cativeiro depois de vários ataques de hienas, que lhe provocaram feridas graves.
A esperança média de vida de um rinoceronte situa-se entre os 37 e os 43 anos em liberdade, mas pode viver mais dez anos em cativeiro, segundo as autoridades.
Ameaçada pelos caçadores furtivos, a população de rinocerontes negros é de apenas 5.500 animais, de acordo com a organização não-governamental Save The Rhino, que está presente na África do Sul, Zimbábue, Botsuana, Tanzânia e Quénia.
Os caçadores procuram os cornos dos rinocerontes que chegam a ser vendidos no mercado negro, por toda a Ásia, por valores entre os 60 mil e os 80 mil dólares (66 mil e 89 mil euros) por quilo, supostamente pelas suas propriedades curativas e afrodisíacas.