“Vamos ter um jogo difícil pela frente, contra uma grande equipa que está num ótimo momento de forma. Mas estes são os encontros que todos querem jogar. Espero que Ronaldo fique chateado no fim do jogo”. Depois dos quatro triunfos em cinco partidas da Serie A, a Roma perdeu em casa com o Torino e acabou por ser alcançada no quarto lugar pela Atalanta mas nem por isso o conjunto de Paulo Fonseca baixou a fasquia dos lugares cimeiros. Mesmo tendo pela frente a campeã Juventus. E Cristiano Ronaldo, claro.

Ronaldo mudou de década com penteado novo e iPod à antiga mas continua o mesmo: hat-trick, assistência e vitória da Juventus

O português teve uma entrada a todo o gás no ano civil de 2020, com um hat-trick e uma assistência na goleada do conjunto de Turim frente ao Cagliari, e tinha pela frente uma equipa e um estádio que tanto trazem boas como más recordações: em 2007, na histórica goleada do Manchester United diante dos giallorossi por 7-1, o avançado disse no final da partida que não trocaria de camisolas com ninguém porque, depois do 6-0, chegou a ser ameaçado com entradas duras pelo adversário caso não baixasse o ritmo; em 2009, perdeu a única final da Liga dos Campeões frente ao Barcelona no Olímpico de Roma, no último encontro antes de mudar para Madrid.

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Agora, na cidade eterna, o português voltou a sair com razões para mais tarde recordar: ao transformar uma grande penalidade frente à Roma, conseguiu marcar a todas as equipas da Serie A, dando a vitória à Juve diante do conjunto de Paulo Fonseca (2-1) que recolocou a equipa na liderança da prova com mais dois pontos do que o Inter. Em paralelo, com o sexto encontro consecutivo a marcar na liga italiana, o português colou-se a Lukaku no segundo lugar dos melhores marcadores com 14 golos, a seis do avançado Ciro Immobile, da Lazio.

Ronaldo não demorou a dizer que queria estar presente na partida, sofrendo uma falta por trás de Mancini na primeira vez que tocou na bola. E seria esse o momento a iniciar o primeiro golo do jogo e pela figura da Juventus que “sentou” De Ligt, Demiral: livre lateral no lado esquerdo batido por Dybala com o arco a fugir e desvio ao segundo poste do central turco que mostra cada vez mais ter sido mal avaliado na passagem por Alvalade, onde chegou do Alcanenense após ter feito a formação no Fenerbahçe, esteve dois anos entre juniores e equipa B entre chamadas ao conjunto principal e foi cedido por empréstimo com cláusula de opção de compra de 3,5 milhões de euros ao Alanyaspor, de onde se transferiu para o Sassuolo e a seguir para a Juventus.

A Roma teve uma entrada má mas Veretout não demoraria a torná-la desastrosa: numa saída de bola a partir de um pontapé de baliza de Pau López, o médio deixou-se antecipar por Dybala à entrada da área e carregou depois o argentino numa grande penalidade convertida por Ronaldo que fez o 2-0 com apenas dez minutos jogados. Más notícias para Maurizio Sarri só mesmo a lesão de Demiral, que caiu mal numa bola parada na área contrária e teve mesmo de ser substituído por De Ligt apesar da resistência que estava a mostrar em sair de campo.

Ronaldo ainda teve uma oportunidade para bisar nos descontos do primeiro tempo mas o resultado manteve-se até aos 68′, quando Perrotti reduziu de grande penalidade após mão (desnecessária) de Alex Sandro na área. A Roma ganhou outra esperança para o que faltava jogar mas a Juventus conseguiu segurar a vantagem até ao final, tendo ainda mais uma boa oportunidade falhada por Ronaldo e um golo invalidado a Higuaín.