Abril é o mês que tradicionalmente enche Nova Iorque de carros novos e de entusiastas pela indústria automóvel. Mas a realidade é que há cada vez menos interessados em conhecer as novidades expostas neste salão, o que explica que existam cada vez menos marcas interessadas em investir fortunas para estar presentes nos certames em que as quatro rodas são o tema principal.

A mais recente desistência do Salão de Nova Iorque é a da Audi, que decidiu faltar à edição de 2020 do salão organizado na principal cidade norte-americana, que habitualmente atrai mais de 1 milhão de visitantes, assumindo-se, juntamente com o Salão de Los Angeles, como um dos maiores nos EUA. Porém, se a Audi decidiu faltar à exposição, está longe de estar sozinha nesta decisão de poupar, uma vez que a BMW e a Mercedes optaram pela mesma solução.

O mercado norte-americano é importante para os três fabricantes alemães, mas apesar de os responsáveis pela Audi terem declarado que a decisão de não estar presente num motorshow será sempre tomada caso a caso, não deixa de ser representativo que as três marcas germânicas de luxo tenham optado, em simultâneo, por faltar à chamada.

No ano passado, a Audi justificou a deslocação a Nova Iorque por estar a comemorar os 50 anos de presença no mercado local. Mas, para os organizadores do certame, existe ainda a possibilidade de a marca dos quatro anéis vir a estar presente através da associação dos concessionários, com custos e uma presença de dimensão muito inferior. Ainda assim, o responsável pela entidade organizadora, Mark Schienberg, afirmou estar convencido que o espaço previsto para os três construtores de luxo alemães será preenchido. O que certamente acontecerá, mas não com as suas novidades.

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