A Assembleia da República aprovou esta quinta-feira um voto de pesar pela morte do general José Lemos Ferreira, aos 90 anos, enaltecendo o “cidadão ilustre, o militar exemplar e o pensador ímpar”.

Manifestando “profundo pesar” pela morte, no passado dia 22 de janeiro, do general da Força Aérea, o voto aprovado assinala que José Lemos Ferreira é “recordado pela sua forte liderança e uma firme postura institucional e carismática, mas também pela sua visão inovadora e corajosa”.

A Assembleia da República lamenta profundamente a morte do cidadão ilustre, do militar exemplar e do pensador ímpar e endereça à família, aos amigos e camaradas do general José Lemos Ferreira o mais sentido pesar pelo seu desaparecimento”, lê-se, no documento, proposto pelo PS.

Nascido em Portalegre, em 23 de junho de 1929, Lemos Ferreira ingressou no curso de aeronáutica em 1948, frequentou um curso de piloto nos EUA e desempenhou funções nas bases aéreas de Monte Real e do Montijo, recorda a Assembleia da República. Em 1977 assumiu as funções de Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, onde “criou e edificou uma verdadeira revolução na instituição, adaptando-a e preparando-a para os novos desafios do século XXI”. Entre 1984 e 1989 desempenhou as funções de Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.

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No 25 de Novembro de 1975, movimento militar que pôs fim ao período revolucionário, esteve da Região Militar Norte, do lado dos “moderados”, com outro militar, Pires Veloso, numa altura em que vários líderes políticos, como Mário Soares, optaram por deslocar-se para o Porto.

Em novembro de 1989, com o fim da sua carreira militar, foi presidente do Conselho de Gerência na Aeroportos e Navegação Aérea (ANA).

Parlamento também lamentou a morte do piloto de motociclos Paulo Gonçalves

A Assembleia da República lamentou esta quinta-feira a morte do piloto de motociclos Paulo Gonçalves, no passado dia 12, considerando que o desporto nacional fica mais pobre mas o seu legado perdurará.

Com a sua morte o desporto nacional fica mais pobre, mas o seu legado enquanto atleta e ser humano perdurará como referência nos anais do motociclismo português”, refere o voto de pesar, proposto pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e aprovado por unanimidade.

O piloto português Paulo Gonçalves, de 40 anos, morreu na sequência de uma queda na 7.ª etapa do rali Dakar, na Arábia Saudita. Nascido a 5 de fevereiro de 1979, era natural de Esposende e tornou-se piloto profissional aos 17 anos.

“Internacionalmente reconhecido pela sua camaradagem, sempre pronto a ajudar os colegas em dificuldades, Paulo Gonçalves foi distinguido com vários prémios fair-play, de que se destaca o Prémio Ética no Desporto que lhe foi atribuído, em 2016, pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude”, assinala o voto.

O parlamento destacou a “expressiva carreira desportiva” do piloto português, que se sagrou campeão mundial de ralis de todo-o-terreno em 2013 e alcançou o segundo lugar no Dakar 2015, “pertencendo ao lote restrito de pilotos que competiram nos três continentes (África, América do Sul e Ásia)”.

“Todos nós sentimos o falecimento” de Paulo Gonçalves, disse Ferro Rodrigues, propondo à câmara um aplauso, em homenagem ao piloto.