Em pouco mais de uma semana, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) informou a mãe de um bebé de dois anos que este estava morto. Fê-lo em duas ocasiões e nas duas estava errado. A criança continua viva. No dia 30 de janeiro, numa ida às urgências de pediatria, Sandra Portela foi informada que o seu filho tinha sido registado como morto no dia 22 de janeiro. Esta sexta-feira, o erro voltou a repetir-se. Desta vez, recebeu uma carta com os “sentidos pêsames” e foi convidada a rezar pelo filho.
Segundo escreve o Jornal de Notícias, o CHUA assumiu que o erro inicial foi corrigido no sistema no dia da nova admissão, acrescentando que a carta foi enviada antes de o engano ser detetado. O hospital garantiu que já pediu desculpas à família.
“É surreal que digam a uma mãe que o filho está morto. Erros destes são grosseiros e não podem acontecer”, disse Sandra Portela ao mesmo jornal.
A confusão começou no dia 22, quando a criança de dois anos teve alta do hospital. “A médica que deu alta ao meu filho no dia 22 declarou o meu filho como morto”, disse a mãe da criança numa publicação na sua conta do Facebook, após ter sido avisada, no dia 30 de janeiro, de que o seu filho constava no registo do hospital como morto.
Sandra Portela deixou passar o erro, julgando que a situação tinha sido corrigida após o bebé ter sido atendido, mas esta sexta-feira o insólito voltou a repetir-se. Desta vez, o grupo religioso da instituição hospitalar enviou uma carta à mãe do bebé a avisar que este teria passado “os últimos momentos da sua existência” nas instalações do hospital, convidando a família a rezar pela sua morte.
“Da primeira vez, apanhei um enorme susto. Quando estava a fazer a inscrição nas urgências de pediatria devido a uma otite [da criança], disseram-me que estava registado como óbito desde dia 22 de janeiro. Fiquei sem chão por momentos mas, como o meu filho estava comigo e foi assistido, deixei passar. Mas a carta é a gota-de-água”, disse, em declarações ao JN. Classificando a situação como uma “vergonha”, Sandra apresentou queixa na PSP.