“O mundo digital é o que muda mais rapidamente. O que é verdade hoje, era diferente há um ano. É crítico estar-se constantemente atualizado”, revela Filipa Caldeira, da Fullsix Portugal. Para ajudar a facilitar essa missão, está de volta mais uma edição do Doing Digital, o curso que aprofunda o marketing digital e que regressa à Nova SBE Executive Education, em Carcavelos, durante quatro dias, de 31 de março a 3 de abril, com uma 11.ª edição. A equipa — vencedora, aliás — é a de sempre, ou não fosse esta formação executiva, em horário laboral, uma parceria entre a Fullsix, líder na área de marketing digital, e a Nova SBE Executive Education, líder em Portugal na área de formação para executivos e top 30 a nível europeu.
Uma das componentes deste Doing Digital prende-se com a antevisão e explicação das tendências que vão tomar conta do mundo online. “Uma das novas tendências é tudo o que tenha que ver com voz, os chamados voice assistants. Em termos de massificação, é a tecnologia mais rápida em termos de adoção, e que chegou aos 50 milhões de utilizadores em menos tempo. É importante alertarmos os marketeres para estes dados”, afirma Filipa Caldeira, à margem da Digital Talks que decorreu a 12 de fevereiro perante um auditório cheio, na Nova SBE Executive Education. Trata-se de uma iniciativa organizada pelos responsáveis do programa Doing Digital, no qual apresentam os conteúdos do curso e as tendências que aí vêm no universo online.
Nesta iniciativa, os responsáveis pelo programa revelaram ainda alguns dados em torno do atual mercado nacional, principalmente no que toca às plataformas de voz, forte tendência. Na Digital Talks, ficou a saber-se que 10% dos portugueses já detém, no mínimo, um home smart speaker – leia-se, um assistente pessoal virtual – em sua casa. Além disso, cerca de 47% da Geração Z – os nativos nascidos entre a segunda metade dos anos 90 e 2012 – já usou plataformas de pesquisa de voz no seu telemóvel, face aos 21% de BabyBoomers, os nascidos entre 1946 e 1964.
Nuno Moreira, da Fullsix, concorda que é fulcral antecipar o que está ao virar da esquina: “Estamos sempre à procura do que aí vem. Dá trabalho, estamos todos os dias a aprender. Mas é isso que torna o digital numa área tão interessante. Este é uma das principais questões que diferencia o nosso curso”. Além dos já referidos assistentes de voz, a inteligência artificial, a realidade virtual e aumentada, e as plataformas cashless são algumas das restantes tendências digitais que serão exploradas à lupa no curso, assim como as redes sociais, que continuarão fortes na sua presença, como exemplificou recentemente o fenómeno Tik Tok. Estas foram algumas das conclusões retidas nestas Digital Talks, que indicou também algumas das maiores tendências online do ponto de vista do consumidor, com um caráter mais humano, como a conveniência, a hiper-personalização e a autenticidade. Aliás, outro dado interessante apresentado na talk tem que ver com este último parâmetro: uns impressionantes 98% dos consumidores digitais, em todo o mundo, concordam que a autenticidade é importante na hora de decidir que marcas vão apoiar e gostar.
Um curso prático, com metodologia vencedora
“O digital está a mudar tudo. As nossas vidas, as dos consumidores, as marcas, as empresas. Há uma diferença entre saber e conseguir agir. Sabemos todos que tudo mudou e que nós devemos mudar também. Mas como? O que é que empresas e marcas devem fazer para acompanhar as novas tendências e refleti-las nos seus planos de marketing e organização?”, pergunta Erik Lassche, da Fullsix Portugal. Felizmente, não são questões retóricas.
Não é, de resto, por acaso que o curso se chame Doing Digital. “Quando procurámos outras formações nesta área, percebemos que muitas tinham digital no nome, mas havia uma vertente teórica e académica muito grande. Nós quisemos criar um curso que fizesse jus a esta ideia de doing digital, e, por isso, há aqui uma componente muito prática. Este é, intrinsecamente, um curso em que as pessoas têm de fazer, meter as mãos na massa”, explica Pedro Batalha, também da agência Fullsix Portugal.
Develop, attract, retain, track. Estas são as quatro palavras que dão origem à metodologia DART, a mesma que a Fullsix usa há largos anos — e que a ajudou a tornar-se líder — e também o “fio condutor do curso”, explica Erik Lassche. É com ela que os alunos trabalharão ferramentas como o consumer journey, de prototipagem e o ecossistema digital, em exercícios práticos. “Queríamos trazer realismo ao curso e temos exercícios de campanha no Facebook e Instagram, em real time, onde os alunos passam por toda a dinâmica de promoverem este curso nestas plataformas”, revela Pedro Batalha.
Mas não só. Ao longo de quatro dias, serão vários os casos de estudo reais analisados. “Temos feito com grandes empresas e briefings passados pelos representantes das mesmas. São desafios lançados aos alunos, resolvidos com a nossa metodologia”, acrescenta o mesmo responsável. No final, as mesmas empresas estarão na aula para “ouvir, questionar, desafiar e contrapor aquilo que os alunos apresentam”.
Três anos e 10 edições de sucesso
Para Luís Almeida Costa, professor catedrático da Nova SBE Executive Education e um dos docentes do curso, este Doing Digital é importante por várias razões: “A primeira é que a Nova é, cada vez mais, um ecossistema de criação e transmissão de conhecimento, no qual participam atuais e antigos alunos, empresas, entidades públicas, associações empresariais, institutos de investigação. O curso insere-se nesta filosofia”. Uma parceria sólida que se torna cada vez mais essencial. “Hoje em dia, observamos um conjunto de grandes disrupções em múltiplas indústrias, determinadas pelo digital. Podemos equipar os executivos de instrumentos de análise para compreenderem essas mudanças e serem players ativos na mesma”, adianta Almeida Costa.
Em cerca de três anos e meio, as dez edições do Doing Digital somam cerca de 200 inscritos. Não é casual a presença deste curso no Top 3 da Nova SBE Executive Education do ponto de vista da avaliação. O balanço não podia ser mais positivo. “Sentimos que as pessoas saem muito entusiasmadas, que fazemos a diferença. Muitas vezes, encontramos essas pessoas, que nos contam como valeu a pena investir nesta formação”, recorda Pedro Batalha. Afinal, vivemos num mundo digital onde todos nós temos um papel ativo. “O consumidor tornou-se num canal de media”, explicou Batalha à plateia. Não é por acaso que 35% dos millennials – nascidos entre 1981 e 1994 – acreditam que conteúdos UGC – a sigla que designa conteúdos criados por utilizadores — são mais memoráveis do que outros veiculados por outras plataformas de media mais convencionais.
Filipa Caldeira evidencia que há participantes “de perfis completamente diferentes, desde novos estudantes a diretores de marketing de multinacionais”, enquanto Nuno Moreira destaca “os ótimos reviews e feedback” que recebem no final de cada edição. “Tem sido muito gratificante do ponto de vista pessoal. Na Fullsix, gostamos muito de ensinar, sempre fez parte do nosso ADN, sempre fomos pioneiros”, conta Erik Lassche. Uma missão que se mantém igual nos dias que correm ou há 20 anos, “quando não havia Facebook, nem smartphones nem WhatsApp”, acrescenta o mesmo, rematando de seguida: “Venham mais dez edições!”.