Esta sexta-feira, quem vê a página do motor de pesquisa da Google quando abre o navegador de internet vai poder relembrar um nome importante: Ignaz Philipp Semmelweis. Foi este médicos húngaro que, em 1847, descobriu que se os cuidadores de saúde lavassem as mãos antes dos partos para reduzir a mortalidade. Morreu infame, mas hoje a sua mensagem é espalhada em todo o mundo para evitar a propagação da pandemia da Covid-19.
[O vídeo da Google a lembrar que é importante lavar as mãos com uma caricatura do cientista]
O objetivo não é ficar com as mãos em carne viva, mas lavar as mãos regularmente com sabão azul é a principal medida que a Direção Geral da Saúde e a Organização têm deixado nestes dias. Contudo, em 1847, a descoberta de Semmelweis foi vista com relutância pelos seus pares, porque punham em causa os cuidados que as maternidades. O médico chegou a afirmar que era mais saudável as mulheres terem filhos em casa para evitar infeções pós-parto.
Numa das clínicas que liderava havia mais mortes porque os médicos mexiam em cadáveres e realizavam partos logo a seguir (as condições sanitárias nos hospitais era, neste século, bastante insalubres devido à falta de cuidados sanitários). Foi depois de os médicos começarem a lavar as mãos numa solução de à base de cloreto criada por Semmelweis que os números baixaram, fazendo o obstreta perceber que havia uma correlação.
Contudo, a palavra de que, em Viena, onde Semmelweis chegou a chefe de residentes na clínica de maternidade do Hospital Geral da cidade, as infeções eram menores correram pela Europa. Contudo, como os estudos que publicou baseavam-se na correlação entre duas clínicas que tinha a cuidado, e não uma justificação científica, foi contestado.
Apenas anos mais tarde é que a teoria de Semmelweis foi reconhecida. Atualmente, é referido como o “salvador das mães”, devido a todas as infeções que evitou devido à medida que implementou nos hospitais. Infelizmente, não conseguindo comprovar a sua teoria, e devido a acusações que fez a outros médicos, acabou internado compulsivamente num manicómio, onde morreu espancado.
A Google celebra datas e feitos históricos através de doodles — como quem diz “rascunhos” –, na maior parte das vezes interativos. Por norma, relembram um momento histórico ou celebram um data.