O número de mortes em Portugal por Covid-19 aumentou para o dobro este sábado, sendo já 12 as vítimas mortais. É o maior aumento desde que o surto começou a fazer vítimas em Portugal. Quanto ao número de casos confirmados, aumentou 25,5% face a ontem, sendo agora um total de 1280. Já o número de doentes hospitalizados também aumentou em 30 doentes, sendo agora um total de 156, e, desses, 35 requerem cuidados intensivos.
No que diz respeito aos grupos de risco, são neste momento 186 os idosos com idade igual ou superior a 70 anos que estão infetados com a Covid-19. Entre os infetados, há 224 casos com menos de 30 anos. E, desses, 18 casos têm idades entre os zero e os 9 anos.
[Ministra da Saúde aponta pico provável de casos para 14 de Abril:]
O boletim divulgado neste sábado pela Direção-Geral da Saúde, com dados confirmados até à meia-noite de sexta-feira, revela a forma como o surto de Covid-19 evoluiu em Portugal de ontem para hoje:
Há agora 1280 casos confirmados de infeção. São mais 260 do que ontem, uma subida de 25,5% face aos 1020 casos que se registavam nesta sexta-feira. O crescimento, ainda assim, é ligeiramente inferior ao registado no dia anterior, onde o aumento de casos tinha sido na ordem dos 30%.
A curva portuguesa de aumento do número de casos está assim: segunda-feira houve um aumento de 35,1%; na terça o aumento foi de 35,3%; na quarta-feira o aumento foi de 43,3%; na quinta foi de 22,3%; na sexta foi de 29,9%; e este sábado foi de 25,5%;
Há 12 mortes confirmadas, o dobro do registado ontem;
Por área geográfica:
- Registou-se um grande aumento de mortes na região Norte: de 1 para 4.
- Na zona Centro, o número de mortes passou de 2 para 4.
- Na região de Lisboa e Vale do Tejo o número de mortes passa de 2 para 3.
- No Algarve mantém-se uma vítima mortal.
- Zero mortes nos Açores e Madeira. Os Açores mantêm-se com 3 casos infetados, e a Madeira passa de 1 para 5 casos infetados.
Há cinco casos recuperados, sendo os mesmos do que ontem;
Há neste momento um grande número de pessoas que aguardam resultados laboratoriais: são 1059 nesta situação, mais 209 do que na sexta-feira;
O número de pessoas que estão sob vigilância das autoridades de saúde é agora muito superior ao de ontem: 13.155 pessoas estão sob vigilância, mais cerca de 4 mil do que ontem. Por vigilância entende-se os casos de quarentena forçada, por terem estado em contacto com algum caso positivo, que são contactados diariamente pelas autoridades de saúde para ver se têm sintomas;
Em relação ao número de casos que estão hospitalizados, houve um aumento de 30 doentes, havendo agora 156 pessoas internadas no hospital. As restantes, a grande maioria, estão a ser tratadas em casa, por não serem casos considerados graves.
Destes doentes internados, há 35 pessoas internadas em cuidados intensivos (mais 9 do que ontem);
Dos 1280 infetados, há 186 pessoas com idade igual ou superior a 70 anos — o grupo de maior risco –, e há 224 casos com menos de 30 anos. Desses, 18 casos são crianças com menos de 10 anos.
A faixa etária com maior incidência de infeção é a dos 40 aos 49 anos, com 242 casos, seguindo-se a faixa etária dos 30 aos 39 anos, com 234 casos. Dos 50 aos 59 anos, há 214 casos confirmados.
A doença afeta neste momento mais mulheres (649) do que homens (631).
Dos 1280 infetados, 104 são casos importados (eram 95 no dia anterior), de 13 países diferentes — de que se destacam Espanha, França e Itália, em maior número. Os restantes casos foram infetados já em Portugal. Entre os países que estão a importar o vírus para Portugal soma-se agora o Brasil (4 casos), que não estava contabilizado no boletim informativo de ontem.
Entre os sintomas mais frequentes dos doentes com Covid-19 mantém-se a febre (22%), seguida das dores musculares (17% dos casos), e das dores de cabeça severas (14%). A tosse aparece em 10% dos casos, a fraqueza generalizada em 11% e as dificuldades respiratórias em 9% dos casos.
Os dados que constam do boletim são os que estavam confirmados no sistema da DGS até à meia-noite de sexta-feira.