Ao contrário do que tinha sido noticiado esta quinta-feira, o Governo de Espanha não comprou apenas 9 mil testes para o novo coronavírus defeituosos. Afinal, confirmaram a Cadena Ser e a TVE esta sexta-feira com o Ministério da Saúde espanhol, o número de testes defeituosos comprados é de 58 mil.

O Ministério de Saúde explicou ainda que dessa encomenda de 58 mil, apenas 8 mil chegaram a ser entregues a Espanha, mais propriamente à Comunidade de Madrid, que governa a região com o pior surto do país. A Comunidade de Madrid eleva o número de testes para 9.450. De qualquer modo, garante o Ministério da Saúde, os testes não chegaram a ser utilizados junto de pacientes.

Os testes que chegaram à Comunidade de Madrid — sejam os 8 mil que refere o Governo ou os 9.450 que aponta o governo da região — foram enviados para teste no Instituto de Saúde Carlos III, onde, após perícia, se percebeu que os testes apresentavam em 70% dos casos falsos negativos, quando o que se esperava era que esse valor se ficasse pelos 20%.

Os testes em questão foram comprados pelo Estado espanhol a um fornecedor espanhol que, por sua vez, tinha comprado os testes a uma empresa chamada Bioeasy, que tem sede na China. O Ministério da Saúde de Espanha informou ainda que, ao invés de anular o contrato, contactou o intermediário espanhol (que não identificou) no sentido de devolver os testes e receber outros com a qualidade que foi contratada.

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Em comunicado publicado no Twitter esta quinta-feira, a Embaixada da China em Espanha escreveu que a empresa em questão não tem “licença oficial” para vender os seus produtos — e que esta não figurava na lista de fornecedores recomendados ao Governo de Espanha pela embaixada chinesa.