Dois utentes do lar de São José, em Ílhavo, que estavam infetados com o novo coronavírus, morreram esta segunda-feira, elevando para quatro o número de mortes associadas à covid-19 naquela estrutura, informou fonte da instituição.

“As vítimas mortais são um homem e uma mulher que se encontravam no lar”, disse à Lusa Paulo Edgar, coordenador do Património dos Pobres da Freguesia de Ílhavo que gere o lar. A primeira vítima mortal do lar foi uma mulher de 85 anos que morreu no dia 31 de março, depois de ter sido transportada para o Hospital de Aveiro, onde lhe foi diagnosticada a Covid-19.

Nos dias seguintes, foram transportados para o Hospital de Aveiro mais dois utentes que também foram diagnosticados com Covid-19, um dos quais acabou por morrer no domingo.

Numa nota camarária, a autarquia reitera a disponibilidade para continuar a prestar todo o apoio necessário a esta instituição, mantendo a “relação estreita e o trabalho conjunto, no sentido de poder ser ultrapassada, da melhor forma e rapidamente, toda esta situação complexa que o lar atravessa”.

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À direção, aos técnicos e funcionários do Lar de S. José, a autarquia expressa o seu reconhecimento pelo enorme esforço e pela dedicação demonstrados por todos, desejando que sejam capazes de manter a capacidade luta e esta disponibilidade para cuidar dos outros e para superar este importante desafio”, refere a nota.

Dos 53 utentes do lar de São José, 39 tiveram um resultado positivo nos testes à covid-19, havendo ainda um teste que foi inconclusivo. Os utentes que não estão infetados foram transferidos no sábado à tarde para uma antiga unidade residencial de ílhavo e os restantes permanecem no lar que foi esta segunda-feira alvo de uma desinfeção por parte da GNR.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito esta segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 311 mortes, mais 16 do que na véspera (+5,4%), e 11.730 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 452 em relação a domingo (+4%). Dos infetados, 1.099 estão internados, 270 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 140 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 0h de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

Além disso, o Governo declarou no dia 17 de março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.