As companhias áreas estão praticamente paradas. As poucas que mantém operações, como a Delta, têm tomado medidas como bloquear os bancos do meio para aumentar o distanciamento entre passageiros. Contudo, já se discutem outras estratégias para mais empresas voltarem a voar, como avança o ABC. Para já, três coisas apenas parecem certas: vai haver mudanças, os voos vão ficar mais caros, e os aviões vão ter menos pessoas.
Para já, além dos bancos do meio vazios, discute-se também a hipótese de fazer análises de sangue aos passageiros e diminuir a distribuição de comida para reduzir pontos de contacto entre as tripulações e quem viaja. Contudo, nem todas as estratégias estão a gerar consensos. No caso de bancos do meio vazios, esta é a medida que parece ser mais transversal.
No entanto, Michael O’Leary, presidente executivo da companhia aérea Ryannair, diz que é uma medida “economicamente inviável”, “louca” e “irremediavelmente ineficaz”. Em defesa, a empresa de O’Leary prõpõe a introdução de controlos de temperatura dos passageiros e tripulação e a obrigatoriedade de uso de máscaras.
“Uma dor de alma”. O aeroporto de Lisboa como nunca o viu: encerrado e completamente vazio
Mesmo assim, empresas como a Wizz Air avançam que estão a seguir os passos da Delta e já preparam voos com apenas dois terços dos passageiros. “Basicamente, estamos a bloquear um terço dos aviões”, disse Jozsef Varadi, presidente executivo desta companhia, numa entrevista à Reuters. “Um avião de 180 lugares vai tornar-se num de 120 lugares”, adianta.
Outras empresas, como a Easy Jet, já avançam que é “provável” que esta medida avance, uma opinião que também é transversal à associação internacional de transporte aéreo (IATA).
Mesmo assim, esta poderá não ser a única medida. Como contou a CNN, no aeroporto do Dubai já começaram a fazer teste de sangue aos passageiros para saber se tinham ou não Covid-19. Sem exceção, todas as pessoas no voo entre o Dubai e Tunes fizeram um “teste rápido” que foi validade pela autoridade de saúde dos Emirados Árabes Unidos. Adel Al Redha, o responsável de operações da companhia área Emirates, diz que esta empresa já está a trabalhar para estender este método e defende-o.
Além do teste, a Emirates segue o mesmo caminho de outras empresas e diz que os passageiros devem utilizar máscaras de proteção tanto nos aeroportos como nos aviões. Entre outras medidas, a empresa proibiu já o embarque com bagagem de mão para os aviões e deixou de distribuir materiais de leituras, como revistas. O objetivo, é reduzir ao máximo interação entre as pessoas.