As celebrações do 25 de Abril são sinónimo de milhares a descer a Avenida da Liberdade de cravo na mão ou no peito a gritar, entre outros cânticos, “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais”. Mas este ano, ano em que se comemora o 46.º aniversário da revolução de Abril aquela avenida esteve deserta com pouco mais de dez pessoas de cravo na mão ou bandeiras nacionais.

Carlos Ferreira desfilou completamente sozinho com uma enorme bandeira de Portugal com o mastro apoiado ao ombro. Reformado de hotelaria, trabalhou mais de 30 anos num hotel naquela mesma avenida. Correu vários anos em provas de atletismo vestido de empregado de mesa, com uma bandeja na mão com uma garrafa água e um copo.

Por outro lado as comemorações, de uma maneira inédita, foram dentro da casa de cada um dos portugueses ao som de “Grândola, Vila Morena” de Zeca Afonso.

Em pleno estado de emergência a única maneira de celebrar Abril de cravos na mão foi vir às janelas, às 15 horas um pouco por todo o país, e cantar “o hino de Abril” seguido pelo Hino Nacional. Centenas responderam à chamada e as janelas encheram-se de vermelho.

Veja as imagens acima.

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