Há mais 369 mortes devido ao novo coronavírus em França, para um total de 22.614 óbitos desde o início da pandemia, anunciou este sábado o diretor-geral da Saúde do país, Jérôme Salomon. É o aumento diário mais baixo desde há cerca de um mês, quando, a 29 de março, o país tinha registado mais 292 mortes.

Do total de mortes registadas  desde o início do surto, 14.050 aconteceram em hospitais e 8.564 em lares de idosos. O número de doentes internados nos cuidados intensivos continua a cair: são agora 4.725 (menos 145 do que no dia anterior), o número mais baixo desde o final de março. Ao todo, há 7.525 pessoas nos cuidados intensivos — quer seja por Covid-19 ou outras doenças, um valor que ainda está muito acima da capacidade de camas de cuidados intensivos no país antes da pandemia — 5 mil.

“Devemos enfatizar que o elevado número de pacientes nos cuidados intensivos, tendo em conta todas as causas [não apenas Covid-19], é 50% mais elevado do que a capacidade inicial de França”, disse o diretor-geral da Saúde.

Também há menos pessoas internadas: totalizam atualmente 28.222, valor que cai há 11 dias.  O número de infetados subiu em 1.645 nas últimas 24 horas, uma descida diária que acontece desde 21 de abril.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O país está a estudar formas de relaxar as medidas de confinamento, que passam por uma reabertura de escolas. Mas também enfrenta ondas de contestação depois de um jovem ter ficado ferido, no sábado passado, em Villenewve-la Garenne, na zona norte de Paris, durante uma ação de controlo policial. O jovem, com antecedentes criminais, conduzia uma mota que embateu na porta de um veículo da polícia e fraturou uma perna.

Depois do incidente, França assistiu a cinco noites consecutivas de violência nas ruas. Segundo o secretário de estado da Segurança, Laurent Nuñez, tratam-se de “fenómenos de violência urbana de baixa intensidade, ainda que muito graves”. E garantiu que as forças de segurança estão atentas para evitar uma escalada de violência.

Nos bairros periféricos de Paris, como Saint Denis, Nanterre, Rueil-Malmaison e Suresnes, houve casos de violência como a queima de caixotes do lixo. Em Gennevilliers, um grupo de jovens tentou incendiar uma escola primária, mas os bombeiros controlaram rapidamente as chamas. Também houve uma tentativa de ataque a um helicóptero com foguetes. E noutro bairro, foram lançados cocktails molotov.