“Tinha muita tosse, sentia-me sempre cansado e quando dormia tinha frio. No início não me passou pela cabeça que fosse a Covid-19 mas depois o Rugani e o Matuidi deram positivo… Tinha dores de cabeça mas aconselharam-me a não tomar nada. A Juventus deu-me vitaminas e com o tempo fui-me sentindo melhor. Cansava-me rapidamente, queria treinar-me mas cinco minutos depois já não tinha fôlego. Alguma coisa não estava bem. Aqui em Itália morrem muitas pessoas todos os dias. As coisas estão péssimas, não conseguem gerir os casos. Este coronavírus não é uma coisa qualquer, temos de estar atentos”, dizia Paulo Dybala, a 1 de abril, numa entrevista nas redes sociais à Associação de Futebol Argentina. O mal estava a passar mas assim continua.

O avançado tinha assumido a 21 de março que tanto ele como a namorada, Oriana Sabatini, tinham sido infetados com Covid-19, aí com sintomas que levavam a pensar que poderia ser mesmo esse o problema tendo em conta os outros casos positivos que já existiam no plantel. No entanto, e como avançou o programa espanhol “El Chiringuito de Jugones”, enquanto Rugani e Matuidi já se encontram recuperados e com confirmação do negativo, Dybala vai já no quarto teste positivo. O jornal As acrescenta ainda mais um pormenor: o argentino encontra-se em perfeito estado de saúde, não tem qualquer sintoma mas existe ainda uma carga viral baixa que acusa nos testes.

Ao contrário de muitos jogadores da Juventus que se deslocaram para os respetivos países por causa da pandemia, casos de Cristiano Ronaldo, De Ligt, Higuaín, Khedira, Douglas Costa, Alex Sandro, Danilo, Szczesny e Rabiot, Dyabala manteve-se em Turim, onde tem começado a cumprir os planos de preparação individuais fornecidos pela equipa técnica e médica do campeão italiano enquanto não existe data de regresso aos trabalhos no clube.

Mas que razões poderão levar o argentino a manter os vestígios da carga viral mais de um mês depois? Há três hipóteses possíveis: 1) aquilo que já foi denominado de falso positivo, que são testes que levantam dúvidas mas que são na verdade negativos (e é por isso que o avançado tem previsto fazer vários testes com uma cadência quase diária); 2) o sistema imunológico do jogador não ter tão forte como o dos companheiros, o que faz com que os vestígios virias perdurem mais algum tempo; 3) numa perspetiva mais remota, uma reinfeção ainda que sem sintomas percetíveis como aconteceu com Dybala quando acusou positivo pela primeira vez.

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