Casais de namorados, desportistas, famílias, ciclistas e um ou outro estrangeiro: quem vagueasse pelas zonas de Lisboa, Belém, Algés, Alcântara ou Caxias (não mais que isso, já que a Marginal estava fechada) seguramente cruzou-se com todos estes casos. No último dia do estado de emergência que condicionou e protegeu o país nos últimos 45 dias, o sol brilhou forte e o calor instalou-se, mas, ao contrário do que se temia, os maiores ajuntamentos de pessoas aconteceram não nas praias, mas sim nos jardins e espaços públicos urbanos — pelo menos foi isso que o Observador pôde testemunhar.

Filas à porta de gelatarias, grupos de “desportistas” polvilhados pelos relvados da Alameda, conversas entre amigos e muita gente a tirar o pó às bicicletas foi aquilo que mais se viu. Apesar de serem mais os que não usavam máscaras, muitos caminhavam com as suas e, de modo geral, era mantida relativa distância entre grupos de pessoas.

As zonas balneares, por sua vez, estavam praticamente desertas, tirando um ou outro transeunte ou desportista que, mantendo as devidas distâncias, seguia junto ao mar. Enquanto noutros tempos zonas como Paço d’Arcos, Caxias ou Cruz Quebrada dançariam ao som do trânsito intenso, neste dia tinham a companhia do barulho das ondas. A pouco mais de um dia do início da primeira fase de “reabertura” do país, depois de dois meses de confinamento — e na véspera do Dia da Mãe, data que poderá suscitar movimentações maiores –, os portugueses das zonas da Grande Lisboa saíram em maior número à rua, ainda que mostrando alguns cuidados. Veja acima a fotogaleria com imagens do último dia de estado de emergência.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR