A instituição International Cultural Club of Portugal (ICCP) vai doar material médico, incluindo 100 ventiladores, ao SNS e investir em três linhas de produção de produtos têxteis de proteção no norte do país, anunciou esta segunda-feira a instituição.
Em comunicado, a instituição adianta que o material doado ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), que chega esta segunda-feira a Lisboa proveniente de Pequim, inclui 100 ventiladores, oito máquinas automáticas de extração de ácido nucleico e 20.480 kits de extração e purificação de RNA (ácido ribonucleico).
“O equipamento médico doado pelo ICCP é uma solução inovadora no combate à pandemia, com base em tecnologia de ponta nesta área”, é referido.
Na nota, a instituição salienta que “o sistema automático de extração de ácidos nucleicos, por exemplo, pode testar 100 amostras em apenas 40 minutos, sendo nove vezes mais eficiente do que esta operação em modo manual, que normalmente dura por um período de seis horas”.
No comunicado, o ICCP adianta também que vai em investir em três linhas de produção automáticas de material têxtil de proteção, no norte de Portugal.
Estas linhas de produção serão capazes de fabricar diariamente milhares de fatos protetores, máscaras cirúrgicas e máscaras para proteção médica de alta qualidade, tanto para adultos como crianças, em conformidade com os padrões da União Europeia”, é referido.
O ICCP, fundado por Emily Kuo Vong, é uma “instituição privada que disponibiliza um espaço de convívio, de reflexão, de fruição das letras e das artes”.
A nível global, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 245 mil mortos e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.043 pessoas das 25.282 confirmadas como infetadas, e há 1.689 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.