Os portugueses saíram mais de casa nos dias 30 de abril e 4 de maio e a tendência é para o desconfinamento, mas  ainda de forma “suave”. As conclusões são da consultora PSE, que tem conduzido estudos sobre a mobilidade dos portugueses.

De acordo com a consultora, pouco mais de metade da população portuguesa saiu de casa a 30 de abril (53,8%) e a 4 de maio (50,4%), sendo que estes foram os dias de menor confinamento em casa, desde o dia da declaração do estado de emergência. Só esta segunda-feira, o confinamento caiu 10,2% quando comparado com a segunda-feira anterior.

Fotogaleria. As imagens das primeiras horas do desconfinamento

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Já no 1.º de Maio, 64% dos portugueses ficaram em casa. No sábado e no domingo (dia 2 e 3 de maio) o valor ficou nos 59%, tendo sido verificado um ligeiro aumento do desconfinamento em relação ao feriado, em resultado da melhoria das condições meteorológicas.

Ainda assim, a consultora considera que as medidas adicionais de limitação à mobilidade no fim de semana prolongado surtiram efeito, em especial no feriado.

Fotogaleria. Praias vazias, zonas urbanas nem por isso: no último dia de estado de emergência houve mais gente na rua

A tendência é ainda para o “desconfinamento suave e controlado” tanto em dias úteis como em fins-de-semana. Mas, tal como a PSE explica, as pessoas ficam mais em casa ao fim-de-semana do que nos dias úteis, por essa razão “o resultado prático é que a mobilidade é maior nos dias úteis”.

Jardins cheios, mais trânsito e deslocações maiores: os portugueses estão mesmo a sair mais à rua. Perderam o medo ou estão saturados?

Mas, se por um lado no passado domingo a maioria dos portugueses ficou em casa, este valor representa um decréscimo de 12,2% no confinamento face ao domingo anterior. Na verdade, os últimos três dias foram respetivamente o sábado, domingo e segunda com menor confinamento desde a declaração do estado de emergência.

Os dados foram recolhidos pela PSE a partir de uma aplicação instalada nos smartphones de 3.670 pessoas que deram autorização para que os seus dados de localização e deslocação fossem recolhidos de forma contínua. Estas pessoas têm mais de 15 anos e residem nas regiões do Grande Porto, Grande Lisboa, Litoral Norte, Litoral Centro e distrito de Faro — uma amostra representativa do universo em estudo, garante a consultora.