A bolsa nova-iorquina encerrou esta quarta-feira sem rumo, com os investidores confrontados com mais números catastróficos sobre o emprego nos EUA, apesar de vários dos seus Estados estarem a reabrir as respetivas economias.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,91%, para os 23.664,64 pontos.
O tecnológico Nasdaq valorizou 0,51%, para as 8.8854,39 unidades, graças ao desempenho de empresas como Facebook (+0,68%), Microsoft (+0,98%) e Netflix (+2,26%).
Já o S&P500 cedeu 0,70%, para os 2.848,42 pontos.
A praça nova-iorquina vinha de duas sessões consecutivas em que tinha fechado em alta.
“O mercado parece estar em perda de velocidade”, considerou Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities.
“As notícias macroeconómicas são muito más, com os números desta manhã sobre o setor privado e, provavelmente, os do emprego na sexta-feira”, acrescentou.
O emprego no setor privado teve uma fortíssima queda em abril, devido às medidas de confinamento para responder à pandemia do novo coronavirus, com 20,2 milhões de empregos perdidos, segundo o inquérito mensal da firma de prestação de serviços às empresas ADP, divulgado esta quarta-feira.
Esta informação costuma anteceder o relatório mensal sobre o emprego e a taxa de desemprego, que o Departamento do Trabalho deve publicar esta sexta-feira.
Os economistas antecipam a perda de 28 milhões de postos de trabalho em todos os setores de atividade.
“Não acredito que se assista a uma corrida para o mercado acionista nas próximas semanas”, previu Cardillo.
Para este operador, os investidores antecipam uma retoma, mas estão na expectativa e procuram saber quanto tempo isso vai demorar.
O desconfinamento prossegue nos EUA, o país mais afetado pela pandemia, com cerca de 72 mil mortos em mais de 1,2 milhões de pessoas infetadas.
O Estado da Califórnia deve começar a reduzir algumas medidas no final da semana.
Por outro lado, a divulgação dos resultados trimestrais das empresas continua a animar as sessões bolsistas.
Esta quarta-feira, a General Motors, que apresentou um lucro no primeiro trimestre de 247 milhões de dólares, anunciou que tenciona reabrir as suas fábricas nos EUA e no Canadá em 18 de maio. A sua ação fechou com ganhos de 2,96%.