O plano de retoma progressiva da competição da Liga Portuguesa de Futebol prevê um máximo de 185 pessoas nos estádios durante os jogos e um espaço para a monitorização da temperatura corporal para o acesso à zona técnica. Segundo a última atualização do plano de ação de retoma progressiva da competição da Liga, a que a agência Lusa teve acesso, ao relvado e às áreas com acesso ao terreno de jogo poderão aceder até 125 pessoas, embora nem todas se possam cruzar.
Na zona técnica poderão estar um máximo de até 85 pessoas, com elementos como jogadores, ‘staff’ técnico, equipa de arbitragem, delegados da Liga, segurança pública ou privada, médico antidoping ou ainda o técnico do videoárbitro. Antes, ao intervalo e depois da partida, até um limite de 15 pessoas, terão acesso ao relvado técnicos afetos à publicidade ou transmissão televisiva ou técnico do relvado.
Já a zona externa ao relvado estará reservada a apanha bolas, jornalistas de pista e fotojornalistas, operadores de câmara e também elementos de segurança, até um máximo de 25 pessoas. As outras áreas sem acesso ao relvado, que terão lotação máxima de 60 pessoas, estão reservadas a órgão de comunicação social, estatísticas ou relacionados com a transmissão televisiva, órgãos sociais dos clubes e forças de segurança.
Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas — Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América –, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas. Em Portugal, o reinício da I Liga está previsto para 4 de junho.
Para a utilização da zona técnica no dia dos jogos, o documento prevê que esta esteja “completamente delimitada e com controlo de acessos”. O acesso à zona técnica deverá ter um espaço para “monitorização da temperatura corporal” e espaços de circulação divididos com fitas que “permita a circulação de pessoas em sentidos opostos”.
O plano elaborado pela Liga determina que os clubes são responsáveis pela higienização de todos os espaços nos termos previstos pela Direção-Geral da Saúde (DGS), “podendo ser centralizada a garantia de empresa de limpeza e desinfeção”. Mantendo-se a obrigatoriedade de requisição de policiamento, o documento explica que no interior do estádio estará o “mínimo necessário” de elementos.
As forças de segurança devem estar também no perímetro exterior “de forma a dissuadir ajuntamento de adeptos”. Como “possíveis necessidades”, o plano refere a aquisição de termómetros de medição rápida e precisa, por infravermelhos e oxímetros ou de máscaras cirúrgicas suficientes para jogadores, staff e outros elementos dos clubes.
O documento esclarece ainda que “a realização de testes em cada jornada deverá ser reavaliada mediante a evolução do quadro epidemiológico” e ainda com o “enquadramento dos mesmos face ao calendário competitivo”. Nas conclusões, alerta que “não existem recomendações ou procedimentos de atuação para covid-19 validados cientificamente, nem mesmo casos prévios” que permitam guiar os responsáveis pela elaboração do plano.
O documento foi elaborado pelos médicos das sociedades desportivas participantes na I Liga e na II Liga, em articulação com diversos especialistas na área da infecciologia, pneumologia, medicina interna, saúde pública e cardiologia desportiva, a Associação Nacional de Médicos de Futebol, os consultores da Liga Portugal, Professor Filipe Froes e Dr. António Diniz e especialistas da Federação Portuguesa de Futebol.