A plataforma Uber, que anunciou no passado dia seis a supressão de 3.700 empregos devido ao impacto da pandemia de Covid-19, vai despedir mais 3.000 funcionários, indicou esta segunda-feira o presidente executivo, Dara Khosrowshahi.
O grupo, atingido pelas medidas que limitam as deslocações, vai também fechar cerca de 40 escritórios em todo o mundo, num total de várias centenas. Contactada pelo Observador sobre como é que esta medida vai afetar a operação da empresa em Portugal, fonte oficial da Uber em Portugal não prestou comentários.
A plataforma prevê concentrar-se na sua atividade principal, que é o transporte de passageiros e a entrega de comida através da Uber Eats e abandonar vários projetos, considerados não essenciais.
Dado o impacto dramático da pandemia e a natureza imprevisível de uma eventual recuperação, vamos concentrar os nossos esforços nas principais plataformas de mobilidade e de entregas e estamos a redimensionar a empresa para que ela corresponda à realidade dos negócios”, afirma o presidente da Uber à AFP.
As novas supressões de empregos vão ocorrer na maior parte das divisões do grupo e em várias regiões do mundo, mas não vão afetar os motoristas, que não são considerados funcionários da Uber.
No passado dia 6 de maio, a Uber anunciou o despedimento de 3.700 funcionários, cerca de 14% do total de trabalhadores, para reduzir os custos e enfrentar a crise provocada pela pandemia de Covid-19.
Uber vai despedir cerca de 3.700 pessoas, CEO abdica de salário base de um milhão de dólares
A eliminação de empregos vai concentrar-se nas equipas de atendimento ao cliente e contratações, explicou na altura a empresa num documento enviado ao regulador bolsista norte-americano. Na mesma ocasião, a plataforma de transporte de passageiros anunciou também, , que o seu presidente executivo, Dara Khosrowshahi, renunciaria ao salário base até ao final do ano para reduzir os gastos da empresa.