O Lar de São José em Ílhavo, que registou até ao momento 12 mortes associadas à Covid-19, voltou a ter um aumento do número de utentes infetados pelo novo coronavírus, informou esta quinta-feira fonte da instituição.
“Os 41 utentes voltaram a realizar testes de rastreio à Covid-19 na semana passada e, destes, 17 deram positivo“, disse à Lusa Paulo Edgar, responsável do lar gerido pelo Património dos Pobres de Ílhavo.
Entre estes casos há 14 idosos que já estiveram infetados e que tinham tido um primeiro teste negativo e um outro que tinha testado positivo no último teste. Os outros dois casos são de utentes que nunca tinham sido diagnosticados com a Covid-19.
Paulo Edgar diz que estes resultados foram “um balde de água fria”, uma vez que no último teste realizado na instituição, apenas quatro testes deram positivo.
O mesmo responsável diz que não tem qualquer explicação para este aumento de infetados, garantindo que mantêm todos os cuidados “extremos”.
“Temos Equipamentos de Proteção Individual integrais em todos os lados, com equipas específicas para cada uma das alas (positivos, negativos e negativos que já foram positivos). Não percebemos isto”, disse.
Paulo Edgar referiu ainda que a carga viral “estará mais fraca” e os utentes positivos estão “assintomáticos”.
“Não temos aqui nenhum utente com febre ou complicações respiratórias, o que nos transmite alguma segurança”, afirmou, adiantando que na próxima semana os utentes deverão ser submetidos a um novo teste.
De acordo com dados da Direção Geral de Saúde (DGS), o município de Ílhavo tem 128 casos de Covid-19, ocupando o terceiro lugar entre os concelhos do distrito de Aveiro com mais pessoas infetadas. No topo da tabela está Ovar com 651 casos, seguido de Aveiro com 331.
Portugal contabiliza 1.277 mortos associados à Covid-19 em 29.912 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da DGS sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 14 mortos (+1,1%) e mais 252 casos de infeção (+0,8%).
Das pessoas infetadas, 608 estão hospitalizadas, das quais 92 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados mantém-se nos 6.452.
Portugal entrou no dia 3 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.