O exército adquiriu, num investimento de 5,8 milhões de euros, 36 drones para vigilância de fogos desde 2018. Contudo, como avança o JN, até agora nunca nenhum foi utilizado. Mesmo assim, o Governo vai investir mais 4,5 milhões de euros em 12 destas novas máquinas para a Força Aérea.
O drones foram comprados à AeroVironment, via NSPA (a central de compras da NATO), em dezembro de 2017. Na altura, foi dada com justificação para a compra que seriam usados para a deteção de incêndios. No entanto, nunca foram sequer pedidos pela Proteção Civil, a GNR ou o ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), nem outras entidades.
Como justificação para a compra de 12 novos drones o Governo invoca a “necessidade urgente de vigilância aérea adicional”. João Matos Fernandes, ministro do Ambiente, não revelou ainda a quem será feita a adjudicação deste contrato. De acordo com explicações do exército, o atuais drones estão a ser “utilizados em operações militares, no apoio de missões de vigilância e reconhecimento, além do normal processo de formação e treino”.
Paulo Pinto, dirigente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR), disse ao mesmo jornal que é “lamentável que o Fundo Ambiental não pague drones para a polícia ambiental, que é o SEPNA, ou para o seu braço operacional, a UEPS”. Além disso, referiu que “até pode haver uma ilegalidade” neste processo, críticas que foram partilhadas também por Carlos Silva, da Fénix – Associação Nacional de Bombeiros e Agentes da Proteção Civil.