Depois das vendas de automóveis em França terem caído cerca de 90% em Abril, quando comparado com período homólogo, a necessidade de um resgate para a principal indústria do país deixou de ser tema de debate e evoluiu para o estatuto de prioridade. Para Macron, “a França tem de ser líder no sector dos fabricantes de veículos limpos”, admitindo que a concorrência da Alemanha, nesta matéria, será enorme.

O ministro de Economia e das Finanças francês, Bruno Le Maire, avança que o Governo “está pronto a apoiar a procura de veículos que emitam menos CO2, especialmente modelos eléctricos”, com Macron a anunciar que o país irá incrementar os incentivos a este tipo de veículos para 7000€, mais 1000€ do que até aqui. Ainda assim, esta verba será reforçada caso os condutores entreguem veículos antigos, mais inseguros e poluentes, para abate.

Além de incentivar os clientes a adquirir carros novos, França vai igualmente “apoiar de forma massiva” os grupos PSA, Renault e toda a indústria de componentes, que ali assume uma dimensão acima da média. Os estímulos aos veículos eléctricos serão hoje mais fáceis de implementar, dado que tanto a Renault (desde 2012) como a PSA (desde final de 2019) propõem aos seus clientes gamas de veículos a bateria, permitindo ao Governo não discriminar nenhum dos grupos franceses.

Este apoio expresso aos veículos eléctricos não faz mais do que ecoar uma decisão similar por parte da Comissão Europeia, que a partir de 2020, inclusivamente, obriga a uma constante redução da emissões de CO2, gás que acreditam ser responsável pelo aquecimento global.

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