Em declarações à Rádio Renascença, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa comentou o atual cenário da região no âmbito da pandemia de Covid-19. Na manhã desta sexta-feira, Medina admitiu o adiamento da reabetura dos centros comerciais como uma possibilidade, num dia em que se espera que António Costa, após o Conselho de Ministros, se pronuncie sobre o tema.

“Admito que haja medidas para evitar aglomeração de muitas pessoas. Os centros comerciais são claramente um desses locais”, referiu o autarca durante a conversa. Medina disse que, sendo estes locais de grande concentração de pessoas, o Governo poderá optar por adiar a sua reabertura.

Por outro lado, Fernando Medina rejeitou a possibilidade de recorrer ao isolamento das localidades afetadas pelos surtos. “Não creio que se vá para medidas do tipo ‘cercas sanitárias’. Não é isso que está em causa”, disse.

Lisboa e Vale do Tejo é agora o principal foco da pandemia em Portugal. No boletim desta sexta-feira, a região concentra mais de 90% dos novos casos confirmados no país, em 24 horas. O concelho de Lisboa não é o que mais novas infeções regista (34), mas faz parte daquele que é agora o perímetro mais problemático do país no que toca à velocidade do contrário, juntamente com os concelhos limítrofes — Loures, Sintra, Amadora, Oeiras e Odivelas.

Fernando Medina atenuou o possível alarmismo. Falou em “surtos localizados” e “pontos relativamente bem delimitados”, razão pela qual admitiu que “numa estratégia de prudência possam se tomadas algumas medidas, até de aviso”.

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