Todas as pessoas devem usar máscaras de tecido em espaços públicos onde possa haver risco de transmissão da Covid-19, passou a recomendar a Organização Mundial de Saúde (OMS). Até, agora, a OMS só recomendava máscaras a profissionais de saúde e a pessoas infetadas – e quem habitava com elas.

Já é uma regra em vários países o uso (recomendado ou obrigatório) de máscaras que cubram o rosto em situações, em público, em que não possa garantir-se o distanciamento social, como é o caso dos transportes públicos. Mas a OMS tinha vindo, até agora, a defender que não havia evidência científica suficiente para recomendar a todas as pessoas o uso de máscaras.

A instrução mudou e passou a ser a seguinte: “máscaras podem ser utilizadas para a proteção de pessoas saudáveis (usadas quando estão em contacto com alguém infetado), como para controlar a fonte (isto é, usadas por um indivíduo infetado para impedir a transmissão)”.

A OMS recomenda máscaras com três camadas de tecido, para funcionarem como “uma barreira” à transmissão do vírus. A camada de fora pode ser feita de um tecido sintético, como o poliéster e a camada de dentro pode ser feita de algodão. A intermédia pode ser de algodão ou de polipropileno.

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O relatório pode ser consultado na íntegra nesta ligação.

Na sexta-feira, porém, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, lembrou que as máscaras não devem ser vistas como uma forma de proteção total – sendo apenas um complemento à principal medida que é o distanciamento social (podendo, até, dar uma falsa sensação de segurança às pessoas). “As máscaras, por si só, não vão protegê-lo da Covid-19”, avisou Ghebreyesus.