A Comissão Europeia apresentou esta quarta-feira uma estratégia para acelerar o desenvolvimento, fabrico e comercialização de vacinas contra a Covid-19 na União Europeia (UE), visando conseguir tratamentos “seguros e eficazes” dentro de um ano, “se não antes”.

“O desenvolvimento da vacina é um processo complexo e demorado, [mas] com a estratégia hoje adotada, a Comissão apoiará os esforços para acelerar o desenvolvimento e a disponibilidade de vacinas seguras e eficazes num prazo de entre 12 e 18 meses, se não antes”, indica o executivo comunitário numa informação esta quarta-feira divulgada.

Observando que “a concretização deste complexo processo exige a realização de ensaios clínicos em paralelo com investimento na capacidade de produção para poder produzir milhões, ou mesmo milhares de milhões, de doses de uma vacina bem-sucedida”, a instituição garante estar “plenamente disponível para apoiar os esforços dos criadores de vacinas nos seus esforços”.

Após os ministros europeus da Saúde terem incumbido o executivo comunitário de apresentar esta estratégia, a instituição vem esta quarta-feira apresentar a sua proposta para acelerar o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19, que passa desde logo por “assegurar a produção de vacinas na UE […] através de acordos de aquisição prévia com os produtores de vacinas através do Instrumento de Apoio de Emergência”, no valor de 2,7 mil milhões de euros, verba à qual se podem somar empréstimos do Banco Europeu de Investimento.

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A estratégia passa, também, por “adaptar o quadro legislatório da UE à urgência atual e utilizar a flexibilidade regulamentar existente para acelerar o desenvolvimento, a autorização e a disponibilidade de vacinas”. Isto inclui um procedimento regulamentar mais acelerado do que o normal.

O objetivo é garantir “a qualidade, segurança e eficácia das vacinas”, um “acesso rápido” por parte dos cidadãos europeus e de outras regiões parceiras e ainda um “acesso equitativo a uma vacina disponível o mais cedo possível”, destaca Bruxelas.

O anúncio surge depois de a Alemanha, França, Itália e Holanda terem assinado um acordo para garantir o acesso da UE a 300 milhões de doses de vacinas.

Nesta informação esta quarta-feira divulgada, a Comissão Europeia convida, ainda, as empresas da UE “com um promissor candidato a vacina” a contactarem a instituição, para fazerem parte desta estratégia.

“Este é um momento para a ciência e a solidariedade. Nada é certo, mas estou confiante de que podemos mobilizar os recursos necessários para encontrar uma vacina que permita vencer este vírus de uma vez por todas”, vinca a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.