Como é que se dança em tempos de Covid-19? A expressão “pisar o risco” deverá recuperar um sentido literal nas discotecas este verão. A AHRESP, que representa os empresários da hotelaria e da restauração, recomenda que a área da pista de dança seja, daqui para a frente, “marcada no chão por meio de quadrados com 2,25m2 de cada área, que permitam garantir a distância física entre pessoas”. Área essa que “deve ser respeitada e devidamente sinalizada por cordões ou divisórias”.

Esta medida faz parte de uma proposta de Guia de Boas Práticas para o Setor da Animação Noturna, apresentada pela AHRESP esta quinta-feira ao Governo, que tem como base um documento semelhante para a Restauração e Bebidas — já validado pela DGS — só que acrescentando as especificidades para bares e discotecas, nomeadamente as sugestões para as pistas de dança.

E dependendo dos espaços, dançar pode tornar-se ainda mais complicado, porque “se não for possível garantir a distância física de segurança” entre DJ’s e outras pessoas, “todos devem usar máscara de proteção”.

No caso dos DJs, só pode estar um em cada cabine de música, e, no caso de haver mais ao longo da noite, a AHRESP sugere que os estabelecimentos garantam “a limpeza e desinfeção da cabine e de todo o equipamento lá existente, antes e depois da sua utilização”.

Além das regras para as pistas de dança, o guia abrange dezenas de sugestões sobre a capacidade dos estabelecimentos, regras do controlo de entrada, de higiene pessoal, de limpeza e desinfeção, proteção individual ou modo de pagamento.

A AHRESP, que reuniu propostas dos empresários para que os estabelecimentos noturnos possam reabrir de forma rápida e segura, considera “insustentável” a situação financeira das empresas do setor, que continuam encerradas e “em grave crise”.

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