O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, considerou esta sexta-feira fazer sentido a existência de uma figura de coordenação regional como a que foi criada a propósito da Covid-19.

“Se é um facto que algumas respostas do Estado, nomeadamente as forças de segurança, GNR, PSP e Proteção Civil, já têm histórico de colaboração e interação regular, outras não têm as mesmas oportunidades de relação e, naturalmente, há ganhos quando essa integração de respostas acontece”, disse João Paulo Rebelo à agência Lusa.

O governante é, desde 6 de abril, o coordenador da execução das medidas de combate à pandemia da Covid-19 na Região Centro, primeiro na fase do estado de emergência e, atualmente, do estado de calamidade.

Segundo João Paulo Rebelo, “a criação das autoridades de coordenação regional no contexto da pandemia teve o objetivo de assegurar uma melhor articulação e coordenação dos diversos serviços da administração central de nível regional e distrital, garantindo uma interlocução com as autarquias locais e diversas entidades dos setores social e económico”.

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Não só o objetivo foi alcançado, como senti sempre um reconhecimento generalizado das diversas entidades no terreno de que esta figura da coordenação regional faz todo o sentido”, contou.

Questionado sobre a comparação que tem sido feita entre os atuais coordenadores regionais e os antigos governadores civis, João Paulo Rebelo lembrou que o papel destes “era também o de articulação e, muito importante, o estabelecimento de canais com as diversas áreas setoriais do Governo para uma resposta mais eficiente e eficaz nos territórios”.

Assim sendo, “compreende-se que haja essa colagem das funções dos governadores civis às agora desempenhadas pelas autoridades de coordenação regional”, acrescentou.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 454 mil mortos e infetou mais de 8,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.524 pessoas das 38.089 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.