Primeiro foi a Rivian, a que se seguiu a Tesla com a Cybertruck e a Ford, a líder do mercado com uma F150 prometida lá mais para a frente, grupo a que se juntou mais recentemente a Nikola e, agora, a Lordstown. A este distinto grupo será necessário juntar, mais cedo ou mais tarde, veículos similares da GM e da FCA, pois também eles detêm uma fatia importante do mercado norte-americano das pick-up, o tipo de veículo de que os americanos mais gostam.
A Lordstown Motors vai introduzir no mercado a sua Endurance, um modelo com quatro motores, um por roda, segundo o fabricante, o que a ser levado à letra poderá facilitar a implementação mas dificultará a eficácia, pois esta aprecia um peso não suspenso mais reduzido, exactamente o que se consegue com esta solução de montar o motor no cubo de roda.
A Endurance será montada na fábrica que o novo construtor adquiriu à GM, com o gigante americano a pagar a reconfiguração para a adaptar à produção de veículos eléctricos. Desta forma, a GM evita ter de devolver ao Estado os incentivos que recebeu para produzir. O que Trump já fez saber que vai ter acontecer.
A nova pick-up, com linhas convencionais, um pouco como a Badger da Nikola, será proposta por 52.000 dólares e anunciará uma autonomia de 250 milhas, cerca de 402 km. Manifestamente pouco quando comparado com o que se espera das concorrentes, com a Cybertruck a anunciar preços a partir de 40.000 dólares e autonomias de até 500 milhas, cerca de 804 km.
Segundo o fabricante, já existem cerca de 14.000 candidatos a tornarem-se proprietários de uma Endurance, valor que não consegue rivalizar com as cerca de 600.000 encomendas que a Tesla recebeu para a Cybertruck que, como lhe é habitual, deverá levar entre dois e três anos a produzir.