O número de tentativas para atravessar ilegalmente as fronteiras externas da União Europeia (UE) recuou quase um quinto, para as 36.400, no primeiro semestre deste ano face ao período homólogo, segundo dados divulgados pela Frontex esta segunda-feira.

De acordo com os dados da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), o recuo foi especialmente acentuado nas rotas migratórias do Mediterrâneo Ocidental e Oriental. Por outro lado, em junho o número de passagens ilegais da fronteira manteve-se aproximadamente em linha com o mês anterior, com cerca de 4 500.

Na rota do Mediterrâneo Oriental, foram detetadas cerca de 200 deteções de travessias ilegais em junho, dos números totais mais baixos desde 2009. No primeiro semestre do ano, o número de deteções caiu 47% para 11.912, sendo o Afeganistão e a Síria os principais países de origem.

No Mediterrâneo Ocidental, houve cerca de 750 deteções de passagens ilegais da fronteira em junho, mais 8% do que no mês anterior, mas com o total semestral a recuar 46% para os 4.451, na sua maioria argelinos e marroquinos.

O número de migrantes que chegaram à União Europeia utilizando a rota do Mediterrâneo Central em junho passado caiu quase 50%, para pouco mais de 900, face a maio. Mas no primeiro semestre deste ano, o total da região atingiu cerca de 7.186, mais 86% do que o mesmo período de 2019, a maior parte oriundos da Tunísia e do Bangladeche.

Já os Balcãs Ocidentais tornaram-se a rota migratória mais ativa em junho, com 2.050 deteções de passagens ilegais de fronteira, mais 70% do que em maio e quase três vezes o número de há um ano. No primeiro semestre deste ano, foram detetados 9.2560 migrantes na fronteira da UE na região, mais 73% do que nos primeiros seis meses de 2019, sendo que dois em cada três migrantes eram sírios.

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