Apenas um dia depois da conquista do 34.º Campeonato da história, o Real Madrid anunciou o primeiro reforço para a próxima temporada. E não é um reforço qualquer nem para um cargo qualquer: Iker Casillas vai voltar ao Santiago Bernabéu como assessor de Florentino Pérez, numa decisão acertada nos últimas dias.
O guarda-redes espanhol, que saiu dos merengues 25 anos depois de ter iniciado a carreira no clube em 2015, não voltou a jogar desde 1 de maio de 2019, quando sofreu um enfarte do miocárdio durante o treino. Os responsáveis do FC Porto colocaram sempre o futuro nas mãos do jogador, que tinha contrato até 30 de junho de 2020 (sendo que a inatividade estava coberta pelo seguro também), e deixaram sempre a porta aberta ao número 1 para ficar no clube caso fosse esse o seu desejo, ou mais perto do plantel ou num papel de embaixador do clube. Foi isso que Pinto da Costa transmitiu a Casillas quando avançou com uma candidatura à Federação Espanhola de Futebol.
É oficial. Iker Casillas não vai concorrer à Federação Espanhola de futebol
Na passada quarta-feira, o antigo guardião campeão europeu e mundial de clubes e seleções acabou por ser uma das “surpresas” na festa, surgindo no relvado com os companheiros de equipa que mostraram bem a ligação forte que mantêm com o espanhol, casos de Pepe ou Danilo, entre outros. “Os campeões são eles. Eu sou campeão como portista. Este Campeonato é muito importante por ter sido diferente. Agradeço a todos pelo movimento criado para que pudesse jogar e ser campeão. São muitos anos ligado ao FC Porto mas por mais que dependa de mim, depende dos médicos, da equipa técnica. Se pudesse, jogava já hoje! Não pisava o Dragão há 14 meses, ainda emociona. Foi um Campeonato estranho. Os jogadores estiveram bem e foi especial para eles”, disse ao Porto Canal.
Iker Casillas. “Tudo controlado por aqui, um susto grande, mas com as forças intactas”
No último mês, Casillas deixou cair a candidatura à Federação Espanhola de Futebol e começou a preparar uma nova vida, dando prioridade a um regresso a Madrid até porque questões familiares. O convite de Florentino Pérez, na forma de uma primeira abordagem e depois de um projeto concreto, como explica a Marca, acabou por surgir como a proposta perfeita, no clube perfeito e no contexto perfeito, superando até alguma tensão que foi notória quando o guarda-redes se despediu da formação pela qual tinha ganho 20 títulos (um ainda ao serviço do Real Madrid C), dos quais oito internacionais (com três Ligas dos Campeões pelo meio) e cinco Campeonatos.
Para já, aquilo que se sabe é que o antigo guarda-redes e número 1 terá um cargo como assessor de Florentino Pérez (com quem foi melhorando as relações nos últimos tempos, depois de uma saída complicada para ambos), um pouco à semelhança do que aconteceu no passado com Zinedine Zidane, com competências ligadas ao futebol e respetiva gestão. O presidente do Real Madrid tem dado especial atenção às maiores figuras do clube, como já tinha acontecido com Raúl González, treinador na formação dos merengues apontado num futuro à equipa A.
“Se o Real Madrid me chamasse voltava? Claro”. Iker Casillas não coloca de lado o regresso a Espanha