Arrancou o programa UpSkill, uma iniciativa da a APDC (Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações), o IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional) e o (Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos). O objetivo deste projeto é reconverter três mil empregados e desempregados em profissionais das atividades tecnológicas em três anos. Já há 500 vagas disponíveis. Depois de uma fase de formação, as empresas comprometem-se a contratar os participantes selecionados com “uma remuneração mínima de 1.200 euros“.

O UpSkill arrancou oficialmente nesta sexta-feira numa cerimónia em Lisboa que contou com a presença do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor. Neste evento, 13 empresas que necessitam de “profissionais nas áreas digitais”, assinaram digitalmente um protocolo para oferecer estas 500 vagas.

No total, foram cerca de uma centena de assinaturas digitais válidas, através de smartphones, em 12 contratos distintos, numa solução desenvolvida pela Multicert que foi implementada pela primeira vez com esta dimensão”, explicam os responsáveis do UpSkill.

Ao todo, e pouco depois do arranque desta iniciativa, o programa conta agora com 22 empresas e “está aberto a qualquer uma que necessite profissionais nas áreas digitais”. A campanha para “novas adesões” ao programa vai decorrer até setembro, explicam os responsáveis em comunicado.

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O UPSkill destina-se “prioritariamente a pessoas desempregadas, com o ensino secundário ou o ensino superior, que pretendam obter qualificações na área das tecnologias digitais”. Quem integrar este programa, tem  uma formação intensiva de seis meses “em áreas específicas enquadradas nas tecnologias de informação e comunicação, seguidos de formação em contexto de trabalho (3 meses) numa das empresas aderentes”.

De acordo com os responsáveis do UpSkill, este programa “contribui para acelerar a tão necessária recuperação da economia, numa altura em que se tornou ainda mais evidente a importância da transformação digital das organizações”.

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Em abril, em entrevista ao Observador, o secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, referia que o Upskill é: “a abordagem daquilo que acreditamos ser uma requalificação  de uma parte da nossa força de trabalho, que em muitos casos pode estar ou desempregada ou subempregada (empregos que estão aquém das suas competências)”.

Não queremos só formar e requalificar em abstrato, queremos qualificar alinhados com aquilo que é a procura do próprio mercado de trabalho e depois também tirar partido da nossa rede de politécnicos, que mostrou grande flexibilidade para incorporar na sua oferta formativa e fazer a ponte com estas empresas para ter de facto uma oferta direcionada para a necessidade de mercado”, explicava Aragão Azevedo em abril sobre o UpSkill.

Além disso, o político explicou: “As empresas fizeram um levantamento das suas necessidades de recrutamento e chegámos às três mil pessoas no prazo de três anos, com a expectativa de que podemos antecipar este horizonte temporal de formação. Mas queremos ser mais ambiciosos. Este protocolo de colaboração já foi assinado quer com a APDC quer com as empresas associadas e outras que se juntaram”. E continuou: “Convidámos as empresas a envolverem-se na definição dos currículos e das ofertas formativas para garantir que estão alinhadas com as necessidades efetivas das empresas”