Em comunicado, Bebiana Cunha, deputada do PAN – Pessoas – Animais – Natureza, eleita pelo círculo eleitoral do Porto, afirma marcar presença na manifestação popular “Justiça pelos animais de Santo Tirso”, agendada para as 21h30 desta segunda-feira, em frente à Câmara Municipal de Santo Tirso. A iniciativa surge após “o trágico acontecimento, que, no fim-de-semana, vitimou mais de uma centena de animais no abrigo de animais “Cantinho das 4 Patas” e afetou outros animais no “Abrigo de Paredes”, na Serra da Agrela, em Santo Tirso”.
Organizada por um grupo de ativistas pelos direitos dos animais, esta manifestação apela a que seja aberta uma investigação ao canil ilegal “Cantinho das Quatro Patas”, à Câmara Municipal de Santo Tirso, à Direção-Geral de Alimentação e Veterinária e demais órgãos de gestão e regulamentação, “dado que estes mesmos permitiram que o canil se mantivesse aberto”.
Segundo o mesmo comunicado, o encontro visa ainda “garantir que os animais que sobreviveram ao incêndio recebem os cuidados necessários, e não voltem a ser colocados nas condições em que estavam, passando fome e sem quaisquer condições de higiene; a atuação dos agentes da Guarda Nacional Republicana presentes no local seja avaliada e seja efetuado o levantamento de todos os canis ilegais no concelho”.
Recorde-se que o PAN acusou a Câmara Municipal de Santo Tirso e GNR de negligência e apresentou queixa ao Ministério Público por “crime contra animais de companhia”. O grupo parlamentar pretende ainda que o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, apresente esclarecimentos ao sucedido no Parlamento e que resultou na morte de centenas de animais na sequência do incêndio que assolou a zona.
Ainda na sequência deste episódio, há uma petição pública a pedir justiça “pela falta de prestação de auxílio aos animais do canil Cantinho 4 patas em Santo Tirso”, que já contam com mais de 140 mil assinaturas. A petição ‘online’ afirma que os agentes da GNR e a proprietária do terreno, situado na Serra da Agrela, em Santo Tirso, “impediram o salvamento dos animais, negando auxílio enquanto ainda se podiam salvar”, adiantando que viviam no canil cerca de 150 animais de companhia.
“Esta situação não pode ficar impune”, afirma o texto, que gerou já dezenas de comentários de indignação, pedindo que “tanto a GNR como a proprietária venham a ser julgados em tribunal e punidos, pelos crimes de maus tratos aos animais de companhia, negligência, e falta de auxílio quando o poderiam ter feito”.