A República Popular da China aceitou a proposta de extensão da moratória até 2021 da dívida dos países mais pobres, disse esta terça-feira o ministro da Economia francês Bruno Le Maire.
A moratória tem de ser decidida no âmbito do Clube de Paris e do G20 e “as coisas estão a progredir numa boa direção sendo uma boa notícia a China apoiar essa vontade sobre o adiamento da dívida dos países mais pobres de 2020 para 2021”, disse Le Maire através de uma conferência de imprensa telefónica.
“A China confirmou igualmente o papel construtivo que quer desempenhar no quadro do Clube de Paris”, acrescentou o ministro francês que esteve em contacto com o vice-primeiro ministro chinês, Hu Chunhua.
No sábado, 42 dos 73 países mais pobres do mundo pediram uma moratória da dívida que equivale a 7,3 mil milhões de dólares.
Recentemente, os ministros da Finanças e os responsáveis pelos bancos centrais dos países do G20, numa reunião em Riad, admitiram a extensão da moratória por causa da “evolução da pandemia”.
Nos últimos anos a República Popular da China tornou-se num dos principais credores dos países mais pobres mas nunca divulgou os valores em causa.
O Clube de Paris, um organismo formado em 1956, é atualmente constituído por mais de duas dezenas de Estados envolvidos no financiamento dos países mais pobres.