Foi o quarto treinador da temporada, foi uma solução interna já a meio da retoma depois da saída de Custódio, acabou por garantir o terceiro lugar e ser o protagonista dos sucessos aglomerados dos três antecessores. Este sábado, no final do jogo com o FC Porto e depois de assegurada a presença no pódio, Artur Jorge não conteve as lágrimas mas era um homem feliz.
“Não me considero santo nenhum, mas fizemos história. Sinto-me muito honrado pelo que conseguimos, tivemos a coragem e a capacidade por lutar por este lugar até ao fim e fomos premiados no final com este lugar histórico, em que vamos lá colocar o nosso nome, satisfeitos pela forma como o conseguimos”, explicou o técnico minhoto, respondendo depois ao facto de ter garantido o terceiro lugar no confronto direto de Rúben Amorim, de quem foi adjunto durante um período da temporada.
“Não vejo como um duelo. Sou amigo de todos os treinadores que passaram cá antes de mim, do Rúben porque trabalhámos em cima da formação, e tenho respeito por eles. Fomos sempre muito sérios e acreditámos até ao fim. Em 15 pontos fizemos dez, recuperámos cinco pontos para poder estar aqui a festejar e a falar de um Sp. Braga no pódio, a somar à Taça da Liga e ao que fizemos na Liga Europa, acrescentando agora este terceiro lugar”, acrescentou Artur Jorge, garantindo que não sabe ainda se vai ficar no comando técnico da equipa na próxima época.
“Não sei. Ainda não tive a conversa que sei que vou ter com o presidente. Uma coisa tenho a certeza que mudou, para mim pessoalmente, que é o facto de estar neste patamar e ter mostrado competência, mas também terá mudado a opinião das pessoas. Sem arrogância. Foi um trabalho bem conseguido, tenho de ficar satisfeito juntamente com os meus colaboradores”, concluiu o técnico.
O Sp. Braga termina a temporada no terceiro lugar pela terceira vez na história, garantiu o acesso direto à fase de grupos da Liga Europa, conquistou a Taça da Liga e ainda venceu seis dos nove jogos realizados contra os “três grandes”. Em 54 jogos, em todas as competições e ao longo de quatro treinadores, o Sp. Braga ganhou 33 vezes, empatou oito, perdeu 13 e marcou 105 golos, tendo sofrido 64. Paulinho foi o melhor marcador, com 52 golos, Ricardo Horta foi o jogador que fez mais jogos, com 52, e Bruno Viana foi o elemento com mais minutos, 4.344. Galeno, Paulinho e Trincão, todos com 10 assistências, foram os jogadores que mais contribuíram para os golos dos minhotos.