A bolsa nova-iorquina terminou esta terça-feira sem direção, com o reaquecimento das relações sino-norte-americanas a proporcionar mais recordes ao Nasdaq e S&P500, enquanto o Dow Jones foi travado por Apple, Boeing e ExxonMobil.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,21%, para os 28.248,44 pontos.
Pelo contrário, o tecnológico Nasdaq apreciou-se 0,76%, para as 11.466,47 unidades, e o alargado S&P500 valorizou 0,36%, para as 3.443,62, com ambos a superarem os máximos da véspera.
“Há dois dias que os investidores estão a reagir a notícias que lhes alimentam o apetite pelo risco”, entre as informações sobre tratamentos e vacinas contra o novo coronavírus, as discussões entre Washington e Pequim ou os indicadores positivos vindos da Europa, realçou Karl Haeling, da LBBW.
Apesar de não terem sido falados desde há meses, e em plena crise das relações bilaterais, negociadores chineses e norte-americanos chegaram a acordo para aplicarem o acordo comercial assinado em janeiro.
Estes desenvolvimentos tranquilizaram os investidores, que receiam sempre uma escalada de tensão entre as duas principais economias mundiais.
Mas, de forma geral, em pleno torpor estival, “os investidores estão sobretudo orientados pela sua tendência altista, mais do que por fatores fundamentais”, adiantou Haeling.
E neste ambiente “algumas ações subiram muito nos últimos tempos e, por vezes, é difícil levá-las mais alto”, acrescentou.
Assim, a Apple, que na semana passada se tornou na primeira empresa a passar em Wall Street o limiar dos dois biliões de dólares de capitalização bolsista, recuou 0,8%, depois de cinco sessões consecutivas de alta.
Outros membros importantes do Dow Jones também fecharam com perdas, casos da Boeing (-1,99%) e ExxonMobil (-3,17%).
A petrolífera foi vítima da recomposição deste índice seletivo, que vai levar à saída da ExxonMobil, Pfizer (-1,11%) e Raytheon (-1,50%), por troca com o editor de programas informáticos Salesforce (+3,64%), a biotecnológica Amgen (+5,37%) e o conglomerado industrial Honeywell (+3,24%).
A divulgação durante a sessão de dois indicadores contrastados influenciou temporariamente as transações.
As vendas de casas novas subiram 13,9% em julho, segundo o Departamento do Comércio, mas, pelo contrário, a confiança dos consumidores deteriorou-se em agosto mais do que previsto, devido à degradação da atividade económica e do emprego em contexto de pandemia mal controlada, segundo o índice da Conference Board.