Os trabalhadores do Centro de Distribuição Postal de Lisboa terminaram nesta quinta-feira uma greve parcial de nove dias que resultou no reforço de pessoal que reivindicavam, para acabar com os atrasos no tratamento da correspondência, informou fonte sindical.

“Esta greve teve uma boa adesão, na ordem dos 80%, e há trabalhadores contratados, mas as reivindicações dos trabalhadores já foram parcialmente atendidas”, disse à agência Lusa Vítor Narciso, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT).

A greve, que decorria nas últimas duas horas e 48 minutos do turno de trabalho, foi um protesto contra a falta de condições de trabalho e de recursos humanos para o tratamento do correio.

Segundo Vitor Narciso, desde o final de julho foram contratados cinco trabalhadores para o Centro de Distribuição Postal de Lisboa.

“Mas tememos que, quando terminarem os contratos destes novos trabalhadores, eles sejam dispensados e volte tudo ao mesmo com os atrasos a aumentarem”, disse o sindicalista.

O Centro de Distribuição Postal de Lisboa tem cerca de 80 trabalhadores que cumprem horários diários de sete horas e 48 minutos.

Recentemente realizaram-se greves idênticas noutros centros de distribuição do país, nomeadamente Santo Tirso e Évora.

Vitor Narciso lembrou que as condições de trabalho e a falta de recursos humanos nos CTT se agravaram nos últimos anos porque foram cortados mais de 2.000 postos de trabalhos nos últimos cinco anos.

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