Depois de adicionar aluguer de bicicletas e trotinetes à app para chamar motoristas, a Uber anunciou que vai lançar um novo serviço para os utilizadores no Reino Unido: aluguer de carros. Como conta o The Verge, a funcionalidade vai ser disponibilizada em parceria com a empresa de aluguer CarTrawler e tem como objetivo dar uma opção que permita maior distanciamento social para deslocações.
Apesar de ser mais um serviço dentro da app de mobilidade, este não vai funcionar de forma exatamente igual — como aquele que se pode fazer com as bicicletas e trotinetes que o utilizador encontra na rua e pode ativar na aplicação da Uber. Para alugar um carro, bastará carregar na opção “Uber Rent” e, depois, recolher durante 24 horas. Ou seja, a empresa quer incentivar os utilizadores a fazerem o aluguer com antecedência em vez de permitir que tudo seja feito no momento.
A empresa fez testes deste serviço em França e na Austrália antes de o anunciar no Reino Unido. Em 2018, a Uber tinha tentado lançar um serviço semelhante nos EUA. Contudo, este foi descontinuado no próprio ano tendo a opção de aluguer através da app continuado apenas para os motoristas da empresa. Devido à pandemia de Covid-19, a Uber disse ao mesmo jornal que os carros alugados serão completamente limpos entre utilizadores.
Uber pode continuar a operar na Califórnia, decisão bloqueada
Nos últimos meses a Uber tem apostado em novos serviços através das suas plataformas devido ao impacto da pandemia e outras adversidades que tem encontrado nos mercados em que opera. No final de agosto, a Uber e a concorrente norte-americana Lyft estiveram quase a cessar as operações na Califórnia — o estado dos EUA onde estas empresas têm a sede e os maiores mercados — se não contratassem todos os motoristas. A medida foi suspensa até outubro, quando haverá nova decisão do tribunal.
Em maio, a Uber começou a acusar os efeitos da falta de mobilidade por causa da pandemia da Covid-19 e Dara Khosrowshahi, o presidente executivo da empresa, abdicou do salário na mesma altura em que anunciou que três mil funcionários iam ser despedidos. Duas semanas depois, a empresa voltou a fazer cortes e despediu 3.700 pessoas. Este impacto também já foi sentido em Portugal, com a Uber a despedir cerca de 120 pessoas na zona de Lisboa em junho.