Portugal foi o quinto país da União Europeia (UE) que mais reduziu emissões de dióxido de carbono (CO2) provenientes da combustão de combustíveis fósseis em 2019, em comparação com o ano anterior, revela um estudo esta quarta-feira divulgado.
De acordo com o estudo anual do Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia, o serviço científico da instituição, registou-se em 2019 uma “forte diminuição no consumo de carvão” ao nível da UE, o que “contribuiu para uma redução de 4,2% nas emissões de combustíveis fósseis de CO2”, com Portugal a registar uma queda de 6,8% em comparação com 2018.
Diminuições mais significativas tiveram a Estónia (21,4%), a Finlândia (8,9%), a Dinamarca (8,4%) e a Alemanha (6,5%), refere a Comissão Europeia no relatório, explicando que, “na maioria destes países, as reduções foram também uma consequência da passagem do carvão e dos combustíveis fósseis líquidos para fontes de energia com menor intensidade de carbono”.
Ao todo, segundo o documento, as emissões de CO2 provenientes da combustão de combustíveis fósseis e processos derivados caíram 3,8% em 2019, em comparação com o ano anterior.
“Isto significa que as emissões de CO2 fóssil da UE e do Reino Unido foram 25% inferiores aos níveis de 1990, (sendo esta) a maior redução entre as principais áreas económicas emissoras em todo o mundo”, observa este organismo.
O executivo comunitário adianta que, nos últimos anos, “tem também havido uma tendência decrescente das emissões de CO2 per capita e por intensidade da produção em toda a Europa”.