O Sindicato Nacional dos Motoristas disse esta quarta-feira que foi criado um grupo de trabalho entre as estruturas sindicais e a administração da Carris, no sentido de encontrar soluções, em contexto pandémico, alertando para um reforço da oferta.

Tem havido aqui uma simbiose entre os sindicatos e a administração, porque nós queremos exatamente a mesma coisa, queremos o bem comum, não queremos o bem só dos passageiros como dos próprios trabalhadores e estamos a trabalhar de forma conjunta para atingir esse patamar”, referiu à agência Lusa o presidente do sindicato, Manuel Oliveira.

De acordo com o dirigente sindical, os sindicatos e a administração da Carris reúnem-se com o “devido trabalho de casa feito” para identificar o que “carece de correção” na empresa de transporte público de passageiros.

Também, segundo o sindicalista, a Carris vai disponibilizar 100% da sua oferta, com alguns reforços, por forma a não prejudicar os passageiros que se encontram nas paragens à espera dos transportes.

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Como diria um certo treinador de futebol: vai pôr a carne toda no assador. E, além disto, sempre que houver necessidade, haverá pontualmente mais um reforço — dependendo da carreira e do local — para fazer face a um acréscimo quase instantâneo de passageiros”, atentou.

Na semana passada, a Carris anunciou o reforço da oferta em cerca de 10% em relação a 2019 a partir do dia 14 de setembro, quando entraram em funcionamento os horários de inverno. Numa resposta enviada à agência Lusa, a empresa adiantou que “está a reforçar a sua oferta independentemente de a procura ser inferior a 100%”.

Manuel Oliveira lembrou ainda que o transporte coletivo não tem sido um meio de propagação do novo coronavírus, assegurando que os transportes públicos são seguros, mas avisou que poderá haver “um esgotamento do espaço” se não houver oferta suficiente.