“Trata-se de uma situação muito preocupante” disse esta quinta-feira de manhã o diretor regional da OMS para a Europa, numa conferência virtual transmitida via Twitter, sobre o estado atual da pandemia no continente.
“Temos assistido a um crescimento exponencial no número de casos diários na Europa, que tem sido condizente com o aumento das percentagens relativas ao número de mortes por dia”, começou por dizer Hans P. Kluge.
???????? Watch LIVE as @hans_kluge and experts from WHO/Europe provide an situation update on #COVID19 in the European Region. https://t.co/oOsixDnXq5
— WHO/Europe (@WHO_Europe) October 15, 2020
Apesar de as taxas de mortalidade se manterem mais reduzidas do que foram nos meses de março ou abril (justamente em contraciclo com os números de infetados, que em alguns países, Portugal incluído, nunca foram tão elevados), não significa que a situação no continente não possa ainda “piorar drasticamente”, alertou o diretor da OMS. “Basta que a doença volte a espalhar-se pelos lares de idosos”.
Ainda assim, disse também, ainda haverá tempo para evitar os piores cenários. Como que para o comprovar, Hans P. Kluge partilhou a alguns modelos matemáticos.
Em primeiro lugar, o que diz que, se as medidas restritivas forem abrandadas, em janeiro de 2021 a Europa pode ver-se a braços com 4 a 5 vezes mais mortes diárias do que as que contabilizou em abril de 2020. Logo a seguir, citou o modelo que determina que com medidas “simples”, como o “uso sistemático e generalizado de máscaras” aliado ao “estrito controlo dos ajuntamentos sociais, quer em locais públicos, quer privados”, podem ser salvas até 281 mil vidas nos próximos três meses.