A obrigatoriedade de utilização da app Stayaway Covid, que o Governo quer, está longe de ser consensual entre os partidos políticos. Agora, é o PSD que diz que faltam garantias da eficácia da aplicação que justifique a imposição da obrigatoriedade. Ainda assim, Rui Rio diz que o partido “não quer derrotar a proposta à partida” e vai esperar pelas audições de especialistas, já pedidas, para depois decidir o posicionamento.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, esta quinta-feira, Rui Rio disse que o diploma, na forma em que está desenhado, “não está em condições de ser aprovado”. O texto entregue pelo Governo na Assembleia da República, defende, não garante um equilíbrio entre os direitos, liberdades e garantias que a obrigatoriedade da app põe em causa e a eficácia da mesma.

Ainda assim, o líder social-democrata frisa que o PSD não quer “derrotar a proposta à partida”.

Rio, que já tinha questionado o funcionamento da aplicação depois de ter estado no Conselho de Estado com Lobo Xavier (que testou positivo) e não ter sido alertado pela aplicação, diz que o Governo tem de garantir, por exemplo, que as pessoas que no futuro sejam alertadas para o facto de terem contactado com infetados com a Covid-19 podem realizar os testes à doença. Isto é, claro, se quer impor a obrigatoriedade de utilização da app nos contextos específicos.

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Já em relação ao restante diploma que deu entrada na Assembleia da República, que pretende impor a utilização de máscaras (sempre que for impossível manter o distanciamento), Rui Rio diz que “não há dúvidas e que só peca por tardia”. “Quanto mais depressa melhor”, considerou o líder do PSD.