Com as 1.949 novas infeções confirmadas esta segunda-feira, Portugal ultrapassou os 100 mil casos (101.860) desde que começou a pandemia, de acordo com o boletim da Direção-Geral de Saúde.
Desses casos, 59.966 (cerca de 60%) recuperaram, 2.198 morreram (2,2%) — 17 deles esta segunda-feira — e ainda há 39.696 casos ativos.
Outubro leva ainda 19 dias, mas já teve entrada 15 vezes no top 20 das novas infeções diárias confirmadas. Os dias com mais casos foram 16 (2.608), 17 (2.153), 15 (2.101), 14 (2.072) e esta segunda-feira (1.949).
Para encontramos um dia fora de outubro é preciso recuar até à oitava posição — 10 de abril, com aquele que, até há pouco tempo, era um recorde (1.516 casos). Há ainda dois dias de março (28 e 31) e 25 setembro no top 20 de novos casos diários.
Os dados do boletim da DGS desta segunda-feira dão conta, neste momento, de 1.174 doentes internados com Covid-19. Entre novos doentes em enfermaria e aqueles que tiveram alta, o saldo é mais uma vez negativo, aumentando em 88 o número de internamentos nas últimas 24 horas (tinham subido 72 no dia anterior). Há ainda 165 casos graves, em cuidados intensivos, mais 10 do que no domingo.
Norte lidera nos novos casos e nas novas mortes
Cumprindo a tendência dos últimos tempos, o Norte é, uma vez mais, a região que mais casos de infeção acumula no boletim desta segunda-feira. São 987 novos casos, ou 50,6% do total do país. Desde que começou a pandemia, a região conta cerca de 40 mil infeções.
Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, que abrange também parte dos distritos de Setúbal, Santarém, e Leiria, com 749 casos (38,4%). Em todos estes meses, a região acumulou 48 mil casos positivos.
As restantes regiões acumularam em conjunto apenas 215 casos nas últimas 24 horas (11% do total) — 133 infeções confirmadas no Centro, 35 no Alentejo, 32 no Algarve, 7 nos Açores e 6 na Madeira.
Foi também a região Norte que acumulou a maioria das mortes registadas nas últimas 24 horas em Portugal. O boletim diário da Direção-Geral de Saúde dá conta de 12 óbitos na região, seguida de Lisboa e Vale do Tejo (3) e Centro (2).
No total, 12 mortes tiveram lugar acima dos 80 anos (sete homens e cinco mulheres), três na casa dos 70 (um homem e duas mulheres) e há ainda dois homens entre os 60 e os 70 anos.
Beja e Paços de Ferreira lideram aumentos percentuais de novos casos
Apesar de Lisboa liderar a subida de novos casos no país em termos absolutos (+781) ao longo da última semana, seguido de Sintra (653), é Paços de Ferreira que tem a subida mais preocupante no país — mais 43,4% de novas infeções confirmadas (mais 565 casos para um total de 1.303), de acordo com o boletim da Direção-Geral de Saúde, que, à segunda-feira, traz atualizações sobre a evolução da pandemia nos concelhos.
Entre os 106 municípios que acumularam pelo menos 100 casos desde que a pandemia começou, Beja tem valores percentuais ainda mais elevados (51,3%), mas a base é muito menor (passou de 61 para 119 casos).
No Norte, onde os surtos têm crescido a grande velocidade em outubro, os maiores aumentos percentuais depois de Paços de Ferreira tiveram lugar em Amarante (aumento de 36,5%, ou seja, mais 103 casos), Esposende (+35,4%, +62) Marco de Canaveses (+34,5%, +121) Penafiel (+31,1%, +176), Lousada (+28%, +259), Paredes (+27%, +240), Vila Real (+22,7%, 69), Fafe (+20,6%, 52), Ponte de Lima (+19,8%, +20), Porto (+19,6%, 564) e Felgueiras (+19,5%, +154).
Em termos absolutos, no Norte, é também Paços de Ferreira que lidera as subidas (com 565 casos), apenas mais um caso do que o concelho do Porto.
Em Lisboa e Vale do Tejo, que abrange também parte dos distritos de Setúbal, Santarém e Leiria, há alguns aumentos consideráveis, mas não tão expressivos como no Norte em termos percentuais. Os maiores aumentos na região, entre concelhos com mais de 100 casos desde o início da pandemia, tiveram lugar em Arruda dos Vinhos (+18,7%, ou seja, 26 novos casos), e em Palmela (+15%, +35), mas a base de incidência de ambos é muito baixa. Segue-se Mafra (+14,2%, +111 casos), Sesimbra (+13,9%, +34), Entroncamento (+13,7%, +19), Ourém (13,5%, +21), Setúbal (+12,3%, +88), Cascais (+11,7%, +315), Cartaxo (+11,7%, +15), Almada (+10,5%, +175), Sintra (+9,7%, +653) e Lisboa (+781).
Entre concelhos com mais de 100 casos acumulados, há ainda aumentos percentuais de dois dígitos em oito concelhos no Centro: na Guarda (+29,7%), em Castelo Branco (+23,9%), Ourém (+13,5%), Viseu (12,8%), Cantanhede (12,7%), Figueira da Foz (+12,5%), Mangualde (11,4%) e Leiria (10,8%); em cinco concelhos do Algarve: Silves (14,4%), Lagos (13,7%), Tavira (13,2%), Portimão (12,5%), e Olhão (12,3%); em dois no Alentejo: Beja (+51,3%), como já foi referido, e Odemira (16,1%); e um na Madeira — o Funchal (19,9%).
Em termos absolutos, nestas quatro regiões, é Coimbra que tem mais novos casos, num total de 86 ao longo da última semana, seguido de Beja (61).