O Mar Shopping, em Matosinhos, anunciou que a Delegação de Saúde Pública daquele concelho informou esta sexta-feira a administração do centro comercial que as análises à presença de legionella na torre de refrigeração do centro comercial tiveram um resultado negativo.

“Esta conclusão vem confirmar o resultado da análise realizada por uma empresa externa certificada para o efeito, a que o Mar Shopping Matosinhos recorre para uma monitorização mensal dos seus pontos de água, a última das quais realizada a 13 de novembro.” A empresa considera esta informação “essencial para esclarecer e tranquilizar clientes, colaboradores e parceiros”, assim como “reforçar o compromisso permanente em oferecer um espaço seguro para todos”.

O NorteShopping, também em Matosinhos, informa ao Observador que tem implementado, há vários anos, um programa de prevenção, monitorização e controlo do sistema de ar condicionado de forma a prevenir a presença de Legionella, que inclui a realização de análises periódicas por entidades externas certificadas. “Decorrente deste programa, o centro realizou análises a 27 de outubro e a 12 de novembro, com resultados negativos, não tendo sido detetada a referida bactéria nos seus sistemas de ar condicionado. Estes resultados foram enviados às autoridades de saúde”, explicou a empresa.

O Centro Comercial acrescenta que “além do extremo cuidado colocado na manutenção, limpeza e vigilância do equipamento de ar condicionado, a administração obriga, contratualmente, todos os lojistas a realizar a manutenção dos seus equipamentos próprios, sendo ainda realizadas auditorias periódicas às lojas para assegurar o cumprimento desta obrigação”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Legionella. Câmara de Matosinhos pede “esclarecimentos” à ARS do Norte. Nas últimas 24 horas, números de infetados manteve-se

Nas últimas 24 horas, o número de infetados de legionella na região Norte manteve-se, assim como o número de óbitos. Até ao momento, registaram-se 85 casos, 9 óbitos e permanecem internadas 14 pessoas: uma no Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, dez no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, e três no Hospital de S. João, no Porto.

A origem do surto de legionella, que afeta concelhos como Matosinhos, Póvoa de Varzim e Vila do Conde, ainda não foi descoberta, mas a Administração Regional de Saúde do Norte divulgou, na terça-feira, que, “como medida cautelar, a Autoridade de Saúde de Matosinhos procedeu à suspensão do funcionamento das torres de refrigeração de duas indústrias, localizadas no concelho de Matosinhos”, embora sem especificar quais.

Sem uma explicação concreta para a dispersão geográfica do surto, a ARS do Norte avançou que a mesma “é compatível com uma eventual fonte ambiental sujeita aos efeitos das alterações climáticas da depressão Bárbara”. Na semana passada, o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto.