Convicta de que a vacina para a Covid-19 chega à Europa em janeiro, a autarquia de Lousada apresentou uma proposta ao Ministério da Saúde, com conhecimento da Administração Regional de Saúde do Norte e do Agrupamento de Centros de Saúde local, para que na preparação da estratégia de distribuição desta vacina “seja dada prioridade, de forma justa e equitativa, aos territórios mais afetados”, onde se inclui.
Pedro Machado, presidente da câmara, refere que “este é um processo complexo, que terá as suas dificuldades de implementação, mas que já se encontra a ser delineado”. Ainda assim, pede um plano nacional que integre a criação de vários centros de vacinação, onde a região do Tâmega e Sousa “tem que ser prioritária e das primeiras a ter esta capacidade instalada”.
“Para isso, o Ministério da Saúde poderá contar, se assim pretender, com o total auxílio e empenho deste Município e certamente com todas as instituições locais e regionais”, sublinha em comunicado.
De acordo com o autarca de Lousada, o município sugeriu “desde a primeira hora”um conjunto de iniciativas que, depois de aceites pela tutela, “resultaram numa colaboração profícua e positiva com as instituições públicas de saúde”. Exemplo disso foi a instalação de um Centro de Testes de Diagnóstico e de de equipas municipais de apoio à autoridade de saúde para proceder aos contactos telefónicos com os utentes deste concelho, algo “que tem tido resultados bastante positivos”, refere no mesmo documento.
Os concelhos da região do Vale do Sousa, onde se inclui Lousada, foram os primeiros a ser atingidos pela Covid-19. “Desde o mês de março, o combate a este vírus e as restrições associadas à população, afetaram consideravelmente uma região densamente povoada, com elevada mobilidade interconcelhia, uma grande taxa de população jovem e em idade ativa e fortes tradições familiares, provocando constrangimentos a nível de saúde pública, mas também socioeconómicos”, acrescenta ainda a câmara municipal.