Quatro estudantes foram esta quinta-feira acusados, três de cumplicidade e uma de denúncia caluniosa, na alegada prática do crime de homicídio de Samuel Paty, o professor francês que foi decapitado depois de ter mostrado numa aula caricaturas sobre o profeta Maomé. Três destes jovens terão ajudado a identificar a vítima ao homicida, segundo a AFP.
Os três estudantes têm entre 13 e 14 anos e estão acusados de “cumplicidade da alegada prática do crime de terrorismo”.
A quarta estudante é a filha de Brahim Chnina, que lançou uma campanha online contra Samuel Paty na qual denunciava o uso pelo professor dos cartoons satíricos do Charlie Hebdo. Foi acusada de “denúncia caluniosa” depois de ter relatado a sua versão dos acontecimentos na sala de aula, embora não tenha assistido à mesma.
Por dinheiro, estudantes indicaram a jihadista o professor que foi decapitado
Além destes jovens, já tinham sido acusados outros três por cumplicidade.
O ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer, tinha afirmado, numa entrevista, que havia “elementos” a sugerir que os estudantes teriam indicado o professor por dinheiro.
Samuel Patty foi decapitado a 16 de outubro, nos arredores de Paris, perto da escola onde lecionava. O homicida foi um jovem russo-checheno de 19 anos.