Depois do escândalo do Dieselgate, que penalizou o Grupo Volkswagen em mais de 30 mil milhões de euros e levou ao afastamento, ou à prisão, de alguns quadros das diferentes marcas da Volkswagen AG (estando ainda muitos outros sob investigação), o conglomerado germânico foi contratar, em 2015, Herbert Diess à BMW. A este gestor coube devolver credibilidade às marcas do grupo e conduzi-lo rumo à electrificação.

De acordo com a Reuters, depois de cinco anos à frente do grupo, Diess quer saber se a família Porsche/Piech, que detém a maioria dos direitos de voto, deseja manter os seus serviços. Para tal, pediu a extensão do contrato, que surge como um pedido de um voto de confiança. A isto a empresa terá respondido agendando uma reunião para dia 1 de Dezembro, durante a qual o comité executivo irá ter a última palavra.

Na Alemanha, fazem-se apostas sobre o futuro de Diess. Há quem recorde que, em meados do ano, os seus colegas da administração “retiraram-lhe o tapete”, obrigando-o publicamente a pedir desculpa aos membros da administração, quando ele se insurgiu contra as fugas de informação, relacionadas com matérias ali discutidas.

O mais curioso nesta ânsia de definir o seu futuro é o facto de Diess ainda estar sob contrato com o grupo alemão até 2023, pois tradicionalmente as renovações só se discutem no derradeiro ano do acordo. Será que o CEO do Grupo VW, dada a sua conhecida proximidade com Elon Musk, está a jogar com a entrada da Tesla em força na Alemanha (e na Europa) para negociar em melhores condições (ou a fazer bluff) com o seu empregador?

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