A agência do medicamento norte-americana (FDA, Food and Drug Administration) concedeu, esta quarta-feira, mais uma autorização para uso de emergência a um teste de diagnóstico para infeção com SARS-CoV-2 que pode ser feito em casa. O teste da empresa Abbott é o terceiro que pode ser totalmente realizado em casa: da recolha da amostra, à análise e, por fim, ao resultado.
Este é um teste de antigénio e permite obter resultados em 15 minutos, mas só pode ser comprado com receita médica, noticia a CNBC. O teste rápido já tinha sido autorizado antes, mas apenas para ser usado por pessoal treinado. Agora, o utilizador pode fazer a recolha sozinho com a ajuda de uma aplicação que o ensina como fazer e a interpretar os resultados. O parceiro, eMed, será responsável pela parte da telemedicina e por reportar os resultados às autoridades de saúde.
A indicação para realização do teste pode vir da própria consulta de telemedicina com a eMed. O objetivo é eliminar alguns obstáculos à realização dos testes para quem tem indicação para os fazer, como as pessoas que têm dificuldades de mobilidade, que não têm horários de trabalho que lhes permitam a realização do teste ou que se sentem desencorajadas pelas longas filas nos centros de rastreio, refere a Abbott em comunicado de imprensa.
O teste pode ser usado de forma independente por maiores de 15 anos ou a partir dos quatro anos com a ajuda de um adulto. A FDA recomenda que seja usado nos casos de suspeita de Covid-19 e até sete dias depois do início dos sintomas — momento a partir do qual pode ser difícil detetar a presença do vírus.
O teste BinaxNOW custará 25 dólares (cerca de 20 euros) — embora custasse um quinto quando era realizado em centros médicos por pessoal especializado. A empresa espera conseguir produzir 30 milhões de testes para realizar em cada no primeiro trimestre e 90 milhões no segundo trimestre.
A FDA já tinha aprovado o teste “All-in-One” da Lucira em novembro e o teste da Ellume esta terça-feira.